terça-feira, 08 julho 2025

A ATUALIDADE

Cinco anos de prisão para ativista que impulsionou movimento #MeToo na China

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 Um tribunal chinês condenou esta sexta-feira a cinco anos de prisão a jornalista Huang Xueqin, impulsionadora do movimento #MeToo na China, detida em setembro de 2021 e posteriormente acusada de "incitar à subversão do poder do Estado".

"Huang Xueqin foi condenada a cinco anos de prisão", indicou uma associação que a apoia numa publicação na rede social X (ex-Twitter), na qual se acrescenta que a jornalista "declarou perante o tribunal que vai recorrer" e que o ativista Wang Jianbing foi condenado a três anos e meio de prisão pelas mesmas acusações.

A associação Free Huang Xueqin & Wang Jianbing precisou que o tribunal confiscou os bens da jornalista e que o veredito inclui a privação dos direitos políticos de Huang durante quatro anos após a sua libertação da prisão.

Huang, de 36 anos, foi uma das vozes mais proeminentes do movimento #MeToo na China, relatando casos de denúncia e contando as suas experiências como vítima de assédio sexual numa agência noticiosa. Também criou um blogue na aplicação de mensagens WeChat para realizar inquéritos sobre assédio no local de trabalho.

Tanto Huang como Wang - um ativista dos direitos dos trabalhadores - foram acusados pelas suas acções em reuniões que organizaram para debater o feminismo, questões laborais e direitos LGBTQ (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero). A jornalista foi detida um dia antes de se deslocar ao Reino Unido para fazer um mestrado.

A organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF) recordou que Huang foi julgada à porta fechada em setembro de 2023, embora o veredito não tenha sido anunciado. Acrescentou que, durante o período de detenção, foi submetida a torturas pelas autoridades do gigante asiático.

Huang Xueqin estava apenas a servir o interesse público ao lançar luz sobre questões sociais e nunca deveria ter sido detida, muito menos torturada ou condenada a uma pena de prisão tão severa", disse Cédric Alviani, diretor do gabinete da RSF para a Ásia-Pacífico.

"Pedimos à comunidade internacional que aumente a pressão sobre as autoridades chinesas para garantir a sua libertação, bem como a dos outros 118 jornalistas e ativistas da liberdade de imprensa detidos no país", acrescentou. A RSF considera a China "a maior prisão do mundo para jornalistas e ativistas da liberdade de imprensa".

A diretora da Amnistia Internacional para a China, Sarah Brooks, referiu que "estas sentenças irão prolongar uma detenção profundamente injusta e terão um efeito inibidor adicional sobre os direitos humanos e a defesa dos direitos sociais num país onde os ativistas enfrentam uma crescente repressão estatal".

A Semana com Lusa

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