O presidente do Arquivo Histórico (IANCV), José Borges, anunciou esta quinta-feira que a instituição pretende replicar a formação em conservação, restauro e encadernação de documentos, dada a necessidade de arquivistas na região norte de Santiago e nas ilhas do Barlavento.
Este responsável falava à imprensa, à margem do encerramento da formação sobre “Conservação, Restauro e Encadernação de Documentos em Suporte Papel”, um projecto financiado pelo Instituto Camões, que contou com a participação de 11 instituições, entre escolas secundárias e entidades governamentais.
Esta iniciativa surgiu, explicou, na sequência de um workshop na Escola Técnica Cesaltina Ramos com os estudantes do curso Artes Gráficas, asseverando que o intuito inicial era realizar a formação nos primeiros três meses de 2024.
“Então, portanto, empurramos a formação agora para junho, para enquadrar com a Semana Nacional dos Arquivos. E o que pudemos constatar é que foi muito bem acolhida pelas instituições que convidamos, foram 11 instituições da República, e três escolas técnicas” disse, reiterando que a formação foi ministrada por técnicos portugueses e técnicos do Arquivo Nacional.
A ideia, explicou, é possibilitar às instituições e aos alunos absorverem os conhecimentos na matéria e replicar na própria instituição, sublinhando que o feedback foi muito positivo e que esta semana se encerra a segunda parte da formação ligada à encadernação de documentos.
“Portanto, temos aqui excelentes amostras do trabalho que foram feitos pelos formandos e eu estou surpreso, como vocês podem constatar com imagens, foi um trabalho fantástico que foi desenvolvido em uma semana de formação e encadernação, já temos isto aqui como resultado”, realçou.
“Estamos a trabalhar em parceria com o Instituto Camões para ver se temos condições de, entre Setembro e Outubro, levar essa formação para Barlavento, para apanhar as duas escolas técnicas de São Vicente e Santo Antão, também outras instituições de ensino e que possa também abranger a região norte do país com essa formação”, adiantou, ressaltando que o arquivo dispõe de uma técnica formada na matéria.
Jorge Borges destacou os desafios constantes a nível da qualificação do quadro técnico do IANCV, recordando o número reduzido de arquivistas formados nas décadas de 80 e 90, sendo que o País tem a necessidade de acompanhar a demanda da preservação documental.
“Portanto, é uma carência que nós temos de ter arquivistas, mas não só. Nós temos aqui perante vocês a parte audiovisual, a parte de fotografia, temos também de ciência, é um trabalho que nós estamos a fazer em parceria para responder às necessidades, mas também o desafio da transição para o digital”, acentuou.
A Semana com Inforpress
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