sexta-feira, 18 outubro 2024

A ATUALIDADE

Governo anuncia extinção da Sonerf por inviabilidade económica e estar apenas a acumular dívidas

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O ministro da Agricultura e Ambiente anunciou nesta quinta-feira a extinção da Sociedade Nacional de Engenharia Rural e Florestas (Sonerf), por inviabilidade económica e estar apenas a “acumular dívidas”, assegurando que os direitos dos trabalhadores serão salvaguardados.

Gilberto Silva fez este anúncio em conferência de imprensa para esclarecer sobre as razões da extinção desta empresa e os próximos passos que o Ministério da Agricultura e Ambiente, enquanto tutela, deverá adotar face à decisão.

“As razões desta decisão prendem-se essencialmente com a falta de viabilidade económica da Sonerf no contexto actual, a empresa vem registando resultados líquidos negativos, consequência da perda sistémica e progressiva do volume de negócios”, observou o governante.

Gilberto Silva explicou, por outro lado, que esta queda tem a ver com o facto de as actividades desenvolvidas pela Sonerf serem também executadas pelos privados, que laboram, conforme analisou, em condições muito mais concorrenciais.

Ao fazer essa leitura, conta que a Sonerf com um volume “muito pequeno” das obras, não consegue facturar o suficiente para assumir os seus compromissos, nomeadamente com o pagamento dos salários, vem acumulando dívidas, designadamente com a Providência Social, e não tem tido a capacidade de fazer investimentos.

“Daí que, o Governo, baseando-se em auditorias e análises económicas, feitas por especialistas, procurou uma solução que seja a mais vantajosa para todos (…), portanto extinguir a Sonerf”, apontou, informando, ao mesmo tempo, que a parte dos trabalhos de perfurações e manutenção dos sistemas hidráulicos instalados vai passar para a empresa Água de Rega, já que o grosso dessas actividades é requerido por aquela empresa, também estatal.

Com esta decisão, segundo Gilberto Silva, o Governo procurou eliminar a “sangria financeira” causada, conforme justificou, pela acumulação dos resultados líquidos negativos.

Quanto ao destino dos cerca de 42 trabalhadores da Sonerf, o titular da pasta da Agricultura e Ambiente avançou três soluções, isto é, alguns vão transitar para a empresa Água de Rega, os na idade da reforma vão se reformar e aqueles que não pretendem continuar, e requerendo indemnização, serão indemnizados.

“Todos os direitos dos trabalhadores serão completamente respeitados. Os activos da Sonerf passarão para a empresa Água de Rega, enquanto os passivos serão assumidos pelo Estado, designadamente as dívidas com o Instituto Nacional de Providência Social (INPS)”, concluiu o governante, apontando que as razões desta extinção foram também explicadas aos trabalhadores.  

 

A Semana com Inforpress

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