sexta-feira, 22 novembro 2024

A ATUALIDADE

Impacto das ondas de calor na saúde também depende dos salários ou áreas verdes

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O impacto na saúde e na mortalidade associado às ondas de calor vai além das altas temperaturas e é influenciado por outros factores como socioeconómicos, vulnerabilidade social, habitação ou áreas verdes, aponta uma investigação em Espanha.

Esta tese foi confirmada por investigadores da Unidade de Alterações Climáticas, Saúde e Ambiente Urbano da Escola Nacional de Saúde do Instituto de Saúde Carlos III (ISCIII), num trabalho que demonstra o que afecta a relevância de avaliar diferentes elementos na gestão das ondas de calor do ponto de vista da saúde.

Os autores explicaram que, enquanto a definição meteorológica de onda de calor se baseia em dados sobre a temperatura, duração e intensidade, a definição relativa à saúde e à mortalidade associada é mais ampla.

Além de incluir as temperaturas registadas e a sua intensidade, inclui também outras questões como as características demográficas da população, o nível de salário, os aspectos socioeconómicos, a vulnerabilidade social, a qualidade da habitação, a infra-estrutura urbana e a existência ou não de áreas verdes, entre outros.

A heterogeneidade dos percentis das temperaturas das ondas de calor na saúde e a sua diferente evolução temporal dependem em grande parte do impacto que os factores locais têm na mortalidade associada.

De acordo com o estudo, a temperatura a partir da qual se define uma onda de calor do ponto de vista sanitário não deve basear-se apenas num percentil fixo para todos os locais de uma área geográfica, mas deve incorporar todos estes factores.

Os resultados apontam que, mais de metade das vezes – 52,6% dos casos – permanecem abaixo do percentil 95, o que corresponde à definição de onda de calor do ponto de vista meteorológico.

“A utilização deste percentil significaria não activar o Plano de Prevenção de Ondas de Calor quando necessário em mais de metade das zonas bioclimáticas de Espanha, com o consequente impacto na mortalidade que poderia ser evitado com a activação do referido plano”, defendem os investigadores.

Pelo contrário, para as regiões com percentis superiores a 95, “activar Planos de Prevenção neste percentil implicaria ativá-los quando não é necessário”.

Os cientistas sugerem assim a utilização de escalas inferiores às provinciais na avaliação da activação de planos de prevenção devido às altas temperaturas, o que poderá ajudar a reduzir a mortalidade atribuível às ondas de calor e adaptar o número de alertas de acordo com a exposição real da população.

O estudo propõe até cinco zonas geográficas por província, às quais associa limiares máximos de temperatura que marcariam a consideração de uma onda de calor com impacto na saúde.

 

A Semana com Lusa

 

28 de fevereiro 2024

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 18 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 17 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
19 days 15 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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