Os botes, embarcações de pesca local e pequenas embarcações de boca aberta estão proibidos de saírem ao mar em Cabo Verde nos próximos dias devido à reduzida visibilidade provocada pela bruma seca, determinaram as autoridades.
Segundo o Instituto Marítimo e Portuário (IMP), o avisto é feito a todos os armadores, proprietários, patrões e pescadores em geral, “por razões de segurança”.
A mesma autoridade marítima cabo-verdiana indicou que nas próximas 24 horas há uma tendência para “redução significativa da visibilidade, devido a bruma seca”.
“Nos próximos dias, o arquipélago estará coberto com uma densa camada de partículas de poeira, reduzindo a visibilidade, prevendo-se que o período de maior concentração seja a partir do início da manhã e durante todo o dia 21, com a possibilidade de visibilidade horizontal atingir valores abaixo dos 2.000 metros”, alertou o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG).
Para além da intensa bruma seca, a mesma autoridade prevê intensificação do vento, para valores superiores a 49 – 61 km/h, desde a madrugada de hoje e durante o dia de quarta-feira, com rajadas, que podem agravar o estado do mar.
Na quinta-feira, o INMG prevê “melhoria das condições”, devendo a bruma seca ser temporariamente mais densa, reduzindo outra vez a visibilidade na sexta-feira.
A bruma seca é uma tempestade de poeira proveniente do deserto do Saara, habitual em vários períodos do ano em Cabo Verde, e que em regra dura vários dias.
Em janeiro a nuvem de poeira voltou a condicionar os voos em Cabo Verde, enquanto em dezembro o INMG alertou para “níveis elevados de partículas inaláveis” que podiam causar problemas de saúde.
A Semana com Lusa
20 de Fevereiro de 2024
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