A primeira-dama, Débora Carvalho, está a mobilizar parceiros nacionais e internacionais para apoiar na reabertura da Creche Antonina Mascarenhas Monteiro, cuja patrona foi primeira-dama de Cabo Verde entre 1990 e 2001.
A creche que tem por finalidade apoiar mães pobres, trabalhadores e chefes de família, bem como prestar cuidados e auxiliar o desenvolvimento da criança na faixa etária dos 0 aos 3 anos, passou por “inúmeras dificuldades” desde o início da pandemia da covid-19, tendo o seu cenário agravado, forçando-a, por razões financeiras, ao despedimento coletivo e ao encerramento por tempo indeterminado.
A primeira-dama Débora Katiza Carvalho visitou hoje a Creche Antonina Mascarenhas Monteiro, na companhia das antigas primeiras-damas Lígia Dias Fonseca e Adélcia Pires, para se inteirar da situação atual da instituição e perspetivar possíveis modalidades de cooperação para apoiar na sua reabertura.
Segundo a primeira dama, a Creche Antonina Mascarenhas Monteiro serviu durante muitos anos o bairro de Achada Santo António e a Cidade da Praia, pelo que se entende que não podia deixar de apoiar na reabilitação e reabertura da instituição, apesar de todas as dificuldades.
Por isso solicitou o apoio das antigas primeiras-damas, para juntas criarem as “sinergias que possam devolver esperanças às mães”.
“Nós sabemos o que é ser uma mãe que chefia uma família tipicamente monoparental, que por vezes é uma empregada doméstica, vendedeira ambulante que tem um bebé e não tem alguém para ficar com o bebe em casa para ir trabalhar”, precisou a primeira-dama.
Débora Carvalho reconheceu, assim, a importância do projecto Creche Antonina Mascarenhas Monteiro, criado pela Fundação Criança Cabo-verdiana, e uma vez que a patrona foi Antonina Mascarenhas Monteiro, antiga primeir-dama de Cabo Verde, este gesto é, acrescentou, uma forma de honrar o nome da mesma.
“Por isso quis propor este ‘djunta mon’ às duas primeiras-damas para juntas mobilizarmos também parceiros nacionais e internacionais, a sociedade civil, as instituições e a nossa diáspora para que esta creche já no mês de Setembro volte a estar ao serviço da Cidade da Praia e ao serviço sobretudo das muitas mães que confiam nesta instituição”, sustentou Débora Carvalho.
A primeira-dama mencionou ainda alguns dos vários projectos de cariz social que tem vindo e que pretende desenvolver, nomeadamente apoiar nas refeições quentes nas escolas, pedidos a nível de reabilitação das escolas e livros para as bibliotecas.
Por sua vez, a directora da Creche Antonina Mascarenhas Monteiro, Natali Monteiro, disse que a sustentabilidade da creche “sempre foi um problema”, por assumir todas as despesas com mensalidades “muito baixas” e que nesta “conjuntura actual as coisas ficaram mais difíceis”, daí que a reabertura da creche requeira “alguns ajustes”, nomeadamente parcerias para colmatar o défice nas mensalidades.
“Porque não vamos conseguir sobreviver mesmo com o valor que designamos para as cotas sociais, por isso estamos à procura de parceiros institucionais e padrinhos que querem apoiar estas crianças”, sustentou.
Para a reabertura da creche, que esteve fechada praticamente dois anos, as expectativas “são altas”, conforme a directora, que, sublinhou, foi feito “um grande investimento de largas centenas de contos” para a requalificação da instituição, contando com apoio da SITA (empresa de tintas) e parceiros, amigos, familiares e fundos da fundação.
Segundo Natali Monteiro, pretendem reabrir com um total de 100 crianças e iniciar a pré-inscrição no dia 16 de Agosto. A Semana com Inforpress
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