O ministro da Educação, Amadeu Cruz, afirmou esta sexta-feira, na Praia, que o ministério mantém “total abertura” para analisar comentários e pedidos de esclarecimento sobre a lista de transição definitiva dos professores para o PCFR.
Em entrevista à Inforpress, o governante garantiu que o interesse do executivo é "beneficiar todos os docentes e proteger os seus direitos", mostrando-se aberto a comentários, mesmo os que não sejam "bem-intencionados" ou que critiquem o ministério.
“Estamos numa fase de recepção de comentários, de pedidos de esclarecimentos e outras formas de manifestação de algum desagrado, com tolerância e com abertura. Temos total abertura para analisar os comentários genéricos, aqueles bem-intencionados e aqueles até sem boa intenção”, disse.
“Estamos disponíveis porque o nosso interesse maior é beneficiar todos os professores, proteger e realizar os direitos dos professores, independentemente se os professores fazem comentários negativos contra o Ministério da Educação”, acrescentou.
O ministro esclareceu que um grupo de professores com formação de nível bacharel não conseguiu transitar para o PCFR por não possuírem licenciatura.
Para este grupo, o ministério está a estudar soluções como um enquadramento salarial mais favorável e um plano de contingência com as universidades para que possam obter o grau académico necessário o mais rápido possível.
"Estamos aqui abertos, disponíveis, com tolerância e moderação, porque sabemos que estamos aqui para servir e trabalhar em prol da educação. Sem professores motivados não temos uma educação de qualidade", frisou Amadeu Cruz.
O governante sublinhou ainda que este é o governo que mais tem feito pelos professores até hoje e garantiu que continuará disponível para acolher comentários com humildade e serenidade, assegurando a transparência e a justiça no tratamento das situações.
O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep), Jorge Cardoso, já tinha manifestado à Inforpress a sua satisfação com a publicação da lista definitiva, mas continuou a defender que há uma “injustiça” em relação aos docentes sem licenciatura.
No entanto, garantiu que está a acompanhar a publicação da lista definitiva e considerou tratar-se de um “grande passo”, já que os docentes aguardavam desde Julho, conforme promessa do ministro da Educação.
De acordo com Jorge Cardoso, os professores que não transitaram para o PCFR têm um limite temporal de quatro anos para concluírem a licenciatura.
A Semana com Inforpress
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