terça-feira, 03 junho 2025

A ATUALIDADE

Angola conta com Portugal e Brasil como parceiros na energia - secretário de Estado

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O Secretário de Estado da Energia de Angola defendeu que o seu país conta com Portugal e Brasil para o desenvolvimento de projetos na área da energia e garantiu que vai continuar a expandir a exploração petrolífera.

"A exploração petrolífera não deve ser vista como um tema de sete cabeças. E, nós, mais uma vez, não abdicaremos de fazer recurso à nossa matriz de recursos naturais, desde que a sua exploração esteja associada às melhores práticas internacionais, no que diz respeito à proteção ambiental e à necessidade de prover os nossos cidadãos de uma vida melhor", afirmou Arlindo Bota Manuel Carlos, em entrevista à Lusa no Estoril, à margem da II Conferência de Energia CPLP, que terminou na quarta-feira.

Segundo o governante, "sem abdicar de todos os recursos" de que dispõe, Angola, como país soberano, vai "tomar as decisões que se revelarem mais sustentáveis" à sua economia e "mais adequadas aos (...) acordos de cooperação com países amigos, de entre os quais Portugal, um amigo de Angola", uma alusão indireta à participação da portuguesa Galp na exploração e produção de petróleo em Angola.

Assegurando que os recursos petrolíferos são para continuar a explorar, Arlindo Bota não quis adiantar prazos para novas concessões nem novas zonas possíveis de pesquisa.

De entre os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), destacou igualmente o Brasil.

"Sem desprimor para outros, particularmente Portugal, a República Federativa do Brasil tem sido um dos parceiros importantes do Governo de Angola" também no setor, referiu.

Salientando que Angola tem desenvolvido projetos de energia "sem recurso a fontes fósseis", referiu que o país gostaria de desenvolver outros projetos da área energética com parceiros privados, como centrais a gás natural ou de ciclo combinado.

"Angola dispõe de uma reserva de gás assinalável" e já tem infraestruturas que fazem recurso à utilização dessa fonte energética "limpa" para a produção de eletricidade, com uma central de ciclo combinado no norte de Angola, com uma capacidade de 750 megawatts, frisou.

Segundo o governante, Angola pondera "a utilização de todas as fontes limpas que concorrem para o serviço público de eletricidade, que se revelem fiáveis, de baixo custo e de utilização contínua".

Por isso, o país está a "ponderar um modelo um pouco mais aberto ao mercado, considerando a possibilidade de entidades privadas juntarem-se a este exercício. A lei prevê isso e abre maior competitividade, e estas centrais poderão ser desenvolvidas por essas entidades privadas, desde que tenham os contratos de concessão dos volumes de gás necessários assegurados", sublinhou.

 

Segundo Arlindo Bota, o Governo angolano já foi contactado por "várias entidades" privadas, "manifestando interesse" naquele tipo de projetos. Só que não recebeu até agora "estudos de viabilidade", e sem estes não poderá tomar decisões.

 

Assegurou "o firme comprometimento" do país em seguir "com uma matriz muito mais verde" e realçou que Angola já dispõe de "uma matriz onde 64% da sua capacidade é renovável, da qual 60% é de hidroeletricidade e 4% solar".

 

Nos 60% de capacidade hidroelétrica do país, especificou, não estão contabilizadas nem a barragem de Caculo Cabassa, de 2.172 megawatts, que deverá estar pronta nos próximos anos, nem os quatro megawatts associados à tecnologia solar fotovoltaica de projetos em curso, que irão beneficiar sobretudo comunidades remotas e desfavorecidas "e que concorrem para a erradicação da pobreza em Angola".

 

De acordo com os dados referidos por Arlindo Bota, Angola dispõe neste momento de "uma taxa de eletrificação de 44%", mas o país tem como meta chegar a 2027 com um taxa de 50% de eletrificação.

 

Fez questão de sublinhar que, em 2015, Angola tinha um consumo de combustível diesel equivalente a 1.364 milhões de litros e uma emissão de gases com efeito de estufa de 3.547 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

 

Em 2024, Angola reduziu a utilização de diesel, passando para 430 milhões de litros por ano, "uma redução substancial de 1.119 milhões de litros”, frisou.

 

"A economia petrolífera gera condições para o lançamento de outras matrizes, que concorrem para uma melhor contribuição. E nós hoje estamos a levar eletricidade a circunscrições do nosso território onde nunca, antes do 25 de abril, as antigas entidades coloniais levaram eletricidade, e com uma população muito maior do que tinham nesse tempo, realçou.

A Semana com Lusa 

 

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Raimundo
9 days 2 hours

Há cada uma. Agora países da CPLP como alternativa da energia no Mundo. Paxenxa! É o delírio!

Terra
11 days 16 hours

Un ganan ke eu quero o sr e bodona mesma******?

Atleta
11 days 17 hours

Este episódio é mais um daqueles casos tristes — mas nada surpreendentes — que expõem o total amadorismo institucional ...

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