sábado, 31 maio 2025

A ATUALIDADE

Jornalista diz que inteligência artificial deve ser usada com “cautela e crítica”

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O jornalista português Miguel Crespo considerou esta sexta-feira, na cidade da Praia, que apesar das vantagens da inteligência artificial os profissionais da comunicação devem manter “o olhar crítico” e “validar as fontes” para “evitar a propagação de desinformação”.

Formador do Centro Protocolar de Formação de Jornalistas (Cenjor), Crespo esteve hoje na Universidade da Cabo Verde (Uni-CV) para proferir uma conferência sobre o impacto das redes sociais e da Inteligência Artificial (IA) no jornalismo.

O evento insere-se nas comemorações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, assinalado no dia 03 de Maio, e que marca a abertura do colóquio internacional “Direitos Humanos da Comunicação”.

Em declarações à imprensa, o jornalista destacou que as redes sociais têm sido uma “ferramenta valiosa” para o jornalismo em Cabo Verde, permitindo que a informação chegue a um público mais amplo e oferecendo novos canais de interação, e que os jornalistas cabo-verdianos estão a usar as redes sociais “bastante bem”, dentro dos padrões.

No entanto, Miguel Crespo alertou para os desafios do jornalismo trazido pela inteligência artificial, que, apesar de uma ferramenta “poderosa e acessível”, deve ser utilizada “com cautela”.

"Não podemos confiar cegamente nas ferramentas de IA, como o ChatGPT, especialmente no jornalismo, em que a validação da informação e a verificação das fontes são fundamentais”, explicou.

Para o jornalista, a principal vantagem da IA no jornalismo é a sua capacidade de processar e analisar grandes volumes de dados rapidamente, facilitando pesquisas. Contudo alertou que a inteligência artificial tem as suas limitações, como por exemplo do ChatGTP que tem “uma falha grave, não fornece fontes confiáveis e em alguns casos, até inventa informações”, o que põe em causa a credibilidade das fontes.

A resistência à adoção da IA nas redações é uma realidade, tanto em Cabo Verde como em Portugal. Miguel Crespo reconheceu que a inovação tecnológica pode ser vista com desconfiança pelos profissionais, mas sublinha que, com o tempo, a adaptação será inevitável. 

"O jornalismo precisa de se atualizar, como aconteceu com a chegada da internet e das câmaras fotográficas digitais, microfones sem fios, e que ninguém nasce ensinado, mas que é preciso perceber como tirar o melhor partido daquilo que os jornalistas podem fazer com a inteligência artificial”, disse. 

Por fim, deixou uma mensagem aos jovens jornalistas de que a parte humana no jornalismo é sempre fundamental, pois não é simplesmente recolher a informação no ChatGPT e copiar aquilo que esta ferramenta dá, e sim ter um “olhar crítico” para a informação. 

 

A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Raimundo
7 days

Há cada uma. Agora países da CPLP como alternativa da energia no Mundo. Paxenxa! É o delírio!

Terra
9 days 14 hours

Un ganan ke eu quero o sr e bodona mesma******?

Atleta
9 days 15 hours

Este episódio é mais um daqueles casos tristes — mas nada surpreendentes — que expõem o total amadorismo institucional ...

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