sábado, 31 maio 2025

A ATUALIDADE

Web Summit: Startups cabo-verdianas querem agarrar mercado brasileiro e ser plataforma para África

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As startups cabo-verdianas presentes no Web Summit do Rio de Janeiro querem agarrar investimento do gigante mercado continental brasileiro e provar que Cabo Verde pode ser a porta de entrada do Brasil para África.

"A questão da língua favorece-nos, mas também favorece os brasileiros, que precisam de estar na África", disse à Lusa Claudia Monteiro, da Afrikan Coders, startup cabo-verdiana que liga empresas à procura de talento tecnológico a programadores de África, com foco em criar pontes entre África, Europa, Brasil e Estados Unidos.

"Acredito que há um potencial de parceria muito grande, tanto de nós para cá como deles para a África", disse, durante o evento que terminou quinta-feira na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

Também, Leida Correia e Silva, fundadora e CEO da KORU, uma fintech cabo-verdiana que nasceu da sua experiência enquanto estudante na China, não tem dúvidas sobre o caminho a seguir ser o Brasil: “Nós estamos no Brasil porque eles são líderes no mercado de pagamentos financeiros digitais”, referindo-se ao PIX, o sistema de transferências instantâneas lançado pelo Banco Central do Brasil, que se tornou uma inspiração para Cabo Verde.

Além da tecnologia, Leida destacou a proximidade cultural e linguística como uma enorme vantagem para os cabo-verdianos.

“A língua ajuda muito. Nós consumimos muita cultura brasileira. Em Portugal também, em Cabo Verde, ainda mais. As novelas, o TikTok, o YouTube...até a minha filha fala ‘brasileiro’”, disse.

O seu objetivo foi adaptar essa realidade a Cabo Verde, país com uma grande diáspora e forte fluxo de remessas, mas que ainda carece de soluções tecnológicas próprias.

Por isso, criou a startup KORU, uma solução de inclusão financeira para Cabo Verde e África, com base em tecnologia blockchain, integrando identidade digital, carteira digital e uma stablecoin.

“Mesmo que não encontres investimento imediato, os contactos abrem-te caminhos”, disse referindo-se à Web Summit no Rio de Janeiro que durou quatro dias, apesar de Leida apenas ter conseguido vir metade do tempo devido ao apagão em Portugal.

Na segunda-feira, em entrevista à Lusa, o Secretário de Estado da Economia Digital de Cabo Verde, que liderou uma delegação com 10 pessoas e quatro 'startups' do país no Web Summit Rio 2025, para demonstrar ao gigante sul-americano as capacidades que Cabo Verde tem em tornar-se numa ponte do Brasil para a Europa e África.

"Partilhamos a mesma língua, partilhamos a mesma cultura (…) Cabo Verde foi quase a 'startup' do Brasil", resumiu assim Pedro Fernandes Lopes.

Na segunda-feira, o responsável cabo-verdiano participou de uma reunião bilateral com a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos e no domingo assinou um memorando com a Câmara de Comércio Portuguesa do Rio de Janeiro, que prevê missões empresariais a Cabo Verde e a criação de um circuito de colaboração empresarial luso-brasileiro-africano.

 

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Raimundo
7 days 1 hour

Há cada uma. Agora países da CPLP como alternativa da energia no Mundo. Paxenxa! É o delírio!

Terra
9 days 15 hours

Un ganan ke eu quero o sr e bodona mesma******?

Atleta
9 days 15 hours

Este episódio é mais um daqueles casos tristes — mas nada surpreendentes — que expõem o total amadorismo institucional ...

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