O Inquérito Multi-objetivo Contínuo (IMC) do segundo trimestre de 2025, a ser realizado entre Abril e Junho, irá abranger 9.918 agregados familiares e contará com um novo módulo sobre as aspirações dos jovens cabo-verdianos.
A informação foi avançada hoje à imprensa pelo vice-presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Fernando Rocha, no âmbito da abertura da formação dos agentes de terreno.
A formação acontece durante duas semanas em simultânea nas cidades da Praia e do Mindelo para os 116 agentes do terreno entre efectivos e suplentes.
Os objectivos do inquérito passam, segundo este responsável, por caracterizar demograficamente a população cabo-verdiana, avaliar as condições de vida da população, medir o mercado de trabalho, as outras formas de trabalho, avaliar a questão das tecnologias de informação e comunicação, e a questão da educação.
Este inquérito terá ainda como novidade a introdução de um módulo novo, que tem a ver com a inspiração dos jovens cabo-verdianos no país e também na diáspora.
“É um módulo novo que está a ser introduzido a pedido do Governo. O Governo quer saber quais as competências existentes no país nesse momento, quer também ter uma perceção clara sobre as políticas públicas e o processo de desenvolvimento do país, e também ouvir e perceber junto dos jovens quais as perspectivas futuras”, explicou.
Ao todo serão inquiridos 9.918 agregados familiares e o INE espera conseguir dar resposta aos grandes objectivos, através de dados “credíveis, em quantidade e em qualidade para responder aos propósitos que o país precisa neste momento”.
O Inquérito Multi-objetivo Contínuo é financiado pelo Governo e o Escritório Conjunto das Nações Unidas e a ideia é, conforme o vice-presidente do INE, aumentar a sua regularidade para quatro vezes ao ano.
Ao presidir o acto de abertura, o representante Residente do PNUD, UNFPA e UNICEF em Cabo Verde, David Matern, salientou a relevância deste inquérito em disponibilizar um conjunto de “indicadores primordiais” para o seguimento e avaliação das políticas públicas para o país.
Realçou, igualmente, a importância de se formar agentes para produção de dados de qualidade e enalteceu a introdução do novo módulo, que na sua perspectiva, confirma a importância crescente de colocar a juventude no centro, enquanto motor do desenvolvimento do país.
“Os jovens clamam por soluções inovadoras, e este módulo vem num momento crucial e pode ajudar-nos a traçar o perfil da juventude cabo-verdiana do futuro”, concluiu, reiterando a disponibilidade de continuarem a apoiar o sistema nacional de estatísticas na “produção de dados de qualidade”.
A Semana com Inforpress
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