O bispo D. Ildo Fortes concluiu este doimngo a sua visita pastoral à ilha da Boa Vista, onde avaliou o dinamismo das comunidades católicas e os desafios que se colocam à acção da Igreja na ilha.
Dom Ildo Fortes, em declarações à Inforpress após a celebração da Eucaristia do Domingo de Ramos, observou que a Igreja é uma “comunidade viva”, que “nunca está igual” e que vai da ilha “muito satisfeito” porque sente que há passos dados.
“Estive em todos os lugares, desde do Norte, na Vila, e dá gosto de sentir que o trabalho, que a semente que fomos lançando ela vai dando fruto, mais organização, muita gente envolvida na comunidade”, afirmou D. Ildo Fortes.
Disse ter observado nesses dias o “empenho dos fiéis” e o “progresso organizacional” das paróquias, expressando satisfação com o “crescente envolvimento” da comunidade, o número de acólitos e a qualidade das celebrações.
O bispo também realçou a diversidade da Boa Vista, caracterizada por uma “constante mobilidade populacional”, e apelou aos conselhos pastorais para que se faça uma “Igreja de portas abertas", capaz de acolher a diversidade de pessoas.
O prelado considerou ainda que um dos “desafios enormes” da ilha é estar ao lado dos que mais precisam, incluindo os pobres, os deslocados e os imigrantes.
Recordou o apelo do Papa Francisco para que a Igreja esteja ao lado dos mais vulneráveis, afirmando que Boa Vista é um lugar onde se precisa colocar em prática o que o Papa tem vindo a pedir.
No decorrer da visita, D. Ildo Fortes acompanhou as obras em curso de requalificação das igrejas de Santa Isabel, São Roque e São João Batista, enfatizou a necessidade das requalificações e reabilitações e elogiou a generosidade dos fiéis que tornaram possível a realização destas intervenções.
O bispo desafiou ainda as comunidades a não esperarem e reforçarem a sua autonomia, “contribuindo activamente” para a sustentabilidade da Igreja.
Recordou que o contexto actual exige que cada comunidade assuma a responsabilidade pela sua manutenção e missão, não como antigamente, em que Cabo Verde recebia apoio de “benfeitores de fora”.
D. Ildo Fortes reafirmou ainda a centralidade da missão da Igreja em anunciar Jesus Cristo, levando esperança àqueles que não o conhecem ou que se afastaram da fé, e exortou os fiéis a “vivenciarem intensamente” a Páscoa, “partilhando a luz de Cristo com o próximo”.
A Semana com Inforpress
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