segunda-feira, 07 julho 2025

A ATUALIDADE

Mulheres da comunidade piscatória de Achada Grande Trás dotadas de habilidades técnicas para transformar pele de peixe em couro

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  Um grupo de 15 mulheres da comunidade piscatória de Achada Grande Trás está dotada de habilidades técnicas para transformação da pele de peixe em couro, durante uma formação promovida pela FAO, visando o empoderamento das mesmas.

A formação “Do desperdício de peixe à moda: Empoderar as Mulheres em Cabo Verde na transformação da pele de peixe em couro”, ministrada pela especialista da área, Kátia Kalko Schwarz vinda do Brasil, decorreu durante uma semana, desde o dia 27, tendo terminado este sábado sábado, 01 de fevereiro, com uma demonstração prática.

Segundo a responsável do programa da FAO em Cabo Verde, Kátya Neves, trata-se de um projecto inovador, cujo objectivo é reduzir este desperdício e transformá-lo em algo com valor.

Esta actividade tem um triplo objectivo: um objectivo ambiental, reduzir este desperdício e transformá-lo em algo com valor, também contribuir para melhorar a renda destas senhoras em que a maioria trabalha com peixe”, observou.

A mesma fonte destacou ainda o facto desta actividade, arte ou técnica, desafiar a própria indústria a utilizar um produto natural e transformá-lo também de forma sustentável.

Para a especialista em transformação de pele de peixe em couro, Kátia Kalko Schwarz, que teve a missão de ensinar essas mulheres a transformarem a pele de peixes marinhos em couro, produzindo vários objectos desde jóias, pulseiras, bijuterias, entre outros itens, que lhes permitirão gerar trabalho e renda, foi uma “experiência maravilhosa”.

“Houve uma troca muito boa e interessante. Eu não esperava uma troca tão boa assim. Eu aprendi com elas, elas aprenderam connosco. Elas aprenderam a fazer todo o processo de curtimento e tingimento dessas peles, o amaciamento e o acabamento final para que esses couros possam ser comercializados e usados para a confecção de quaisquer coisas”, explicou.

“No futuro, elas podem comercializar a pele inteira ou fazer artesanatos, bijuterias para geração de renda, para complementação da renda familiar”, almejou a especialista brasileira.

Carmem Alves, uma das mulheres beneficiárias do projecto,  manifestou satisfação por esta capacitação em técnicas de curtume de pele de peixe que lhe vai permitir também um ganha-pão adicional.

“Nunca pensei que um dia pudesse poder transformar a pele de peixe em couro. Foi uma experiência trabalhosa, mas interessante e entusiasmante. Vou poder fazer brincos, fivelas para cabelo…muita coisa. Ganhar mais algum dinheirinho com esta actividade”, concretizou.

Durante esses dias de formação as formandas conseguiram produzir cerca de três quilos de couro de pele de peixe, desde pele de atum, fatcho, badejo e outras espécies, que deverão ser testados por artesãos em sapatos, bolsas e outros utensílios, mediante uma parceria com os mesmos, segundo a responsável do programa da FAO, Katya Neves.

Além da formação prática, a acção inclui apoiar a criação de uma cooperativa, disponibilizar uma máquina de produção de couro e capacitar com habilidades técnicas, gestão de negócios, educação financeira e desenvolvimento de liderança, todas a serem realizadas em parceria com o IEFP.

A Semana com Inforpress

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