quinta-feira, 26 dezembro 2024

A ATUALIDADE

ONG criticam violações de direitos humanos na exploração de petróleo no Uganda

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Organizações não governamentais criticaram esta quinta-feira  as práticas das petrolíferas francesa TotalEnergies e chinesa CNOOC no Uganda, incluindo desalojamentos forçados, violência sexual e degradação ambiental, críticas que o Governo considerou "ridículas e infundadas".

"As medidas de segurança desproporcionadas, a repressão, as violações dos direitos fundiários, as expulsões forçadas e a corrupção, associadas a uma conceção inadequada do projeto e a medidas insuficientes de redução dos riscos, estão a provocar um aumento do sofrimento das populações locais”, afirmam a Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH), o CRED e os Advogados Sem Fronteiras, que elaboraram um relatório de mais de 100 páginas.

As "graves violações dos direitos humanos" denunciadas no relatório, citado pela agência francesa de notícias France-Presse (AFP), reportam-se a um megaprojeto petrolífero no Uganda e na Tanzânia, levado a cabo pela TotalEnergies e pela CNOOC.

Com um investimento de 10 mil milhões de euros, o projeto envolve a perfuração de mais de 400 poços para extrair petróleo da região do Lago Albert, no oeste do Uganda, e a construção do oleoduto aquecido mais longo do mundo (1.443 km) para o transportar até ao porto tanzaniano de Tanga.

O Lago Albert, a fronteira natural entre o Uganda e a República Democrática do Congo, contém cerca de 6,5 mil milhões de barris de petróleo bruto, dos quais cerca de 1,4 mil milhões são considerados recuperáveis, lembra a AFP.

O governo do Presidente Yoweri Museveni, que governa o Uganda desde 1986, considerou que as críticas são mais uma tentativa das ONG de descredibilizarem o projeto.

"São alegações bastante ridículas e infundadas", afirmou o ministro da Informação do Uganda, Chris Baryomunsi, à AFP.

Também a TotalEnergies reagiu, expressando "o seu mais firme desacordo com as afirmações contidas neste documento, que põem em causa a atenção prestada ao respeito pelos direitos humanos nas operações efetuadas no Uganda e nos outros países".

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

D. G. WOLF
2 days 9 hours

Fazer árvore genealógica dos outros é o refúgio de um falhado.

D. G. WOLF
3 days 5 hours

Volta, Leâo Vulcão. Estás perdoado.

Carlos Reis
10 days 4 hours

Faz sentido isso? O dinheiro compra quase tudo mesmo. Uma vergonha US.

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