domingo, 20 julho 2025

A ATUALIDADE

Portugal: Movimento Vida Justa promove assembleia popular dos bairros para refletir sobre desigualdades e injustiças

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O Movimento Vida Justa promove nneste domingo, 24, uma assembleia popular dos bairros, no Bairro Padre Cruz, um mês depois da morte do cabo-verdiano Odair Moniz, para reflectir sobre resolução dos problemas de desigualdades e injustiças.

O encontro, a ter lugar no Centro Cultural de Carnide, das 10:00 às 19:00, vai contar com pessoas dos bairros da Área Metropolitana de Lisboa, que vão inventariar os problemas existentes nas comunidades, apontar as soluções e discutir as formas de conseguir melhorar a vida nos bairros.

“Pouco mais de um mês depois de Odair Moniz ter sido morto na Cova da Moura, o Movimento Vida Justa promove uma jornada de reflexão para resolver os problemas de desigualdades e injustiças a que estão sujeitos os bairros e as zonas da periferia”, justificou o grupo.

De acordo com a mesma fonte, neste dia vai ser aprovado o plano de acção do Movimento Vida Justa, encerrando mais de dois meses de assembleias de moradores e reuniões com associações de bairros de linha de Sintra, de Loures e da Margem Sul, em que se fez o levantamento da situação nas zonas populares.

Durante a assembleia, conforme o programa do encontro, vão ser discutidos em grupos de trabalho a falta de habitação digna, a violência policial, o aumento de salários, combate ao aumento de preços, mais serviços públicos, melhorar os transportes públicos, a situação dos imigrantes e afirmar o poder popular nos bairros.

O cabo-verdiano Odair Moniz, 43 anos, morador no bairro de Zambujal, município de Amadora, morreu depois de ter sido baleado por agente policial, em 21 de Outubro, na Cova da Moura, no mesmo município.

De acordo com a versão oficial da Polícia de Segurança Pública (PSP), o homem pôs-se "em fuga" de carro depois de ver uma viatura policial e despistou-se na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”.

A associação SOS Racismo e o Movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigiram uma investigação “séria e isenta” para apurar responsabilidades, considerando que está em causa “uma cultura de impunidade” nas polícias.

Nessa semana registaram-se tumultos no Zambujal e noutros bairros da Área Metropolitana de Lisboa, onde foram queimados e vandalizados autocarros, automóveis e caixotes do lixo, com cerca de duas dezenas de detidos e outros suspeitos identificados.

No momento em que o agente da PSP que baleou mortalmente Odair Moniz, permanece de baixa médica, aguardando para prestar declarações perante o Ministério Público e no âmbito dos processos disciplinares, a Polícia Judiciária já disse que espera ter investigação à morte concluída até final do ano.

A Semana com Inforpress

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Opiniões e Feedback

jorge lopes
2 days 14 hours

Chega de tretas. A sério. Este teatrinho de acusações sobre “manuais secretos”, “estratégias de guerra suja” e ...

djonsa
3 days 7 hours

Ah, estas megaoperações com nome pomposo — “Plano Operacional Verão 2025 em Segurança” — são mesmo o equivalente ...

jl
3 days 13 hours

E lá vêm eles outra vez com os planos públicos de “segurança”, com nomes sonantes como “Verão Seguro 2025”, chei ...

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