O presidente da Assembleia Nacional (AN), Austelino Correia, destacou hoje na cidade da Praia, a importância da participação dos jovens na política.
Austelino Correia, que falava aos jornalistas, momentos antes de participar da conversa aberta com os deputados do parlamento infanto-juvenil, falou sobre a relevância de os jovens se envolverem activamente na política, defendendo a ética e o respeito mútuo como pilares essenciais para a construção de uma democracia sólida e duradoura.
O presidente da AN começou por explicar o motivo da sua participação nesta conversa com os jovens deputados, salientando a necessidade de partilhar com eles a experiência do parlamento cabo-verdiano e a sua contribuição para o desenvolvimento do país.
“Este país é fruto das acções da juventude, desde a sua luta pela independência até a instalação do regime pluripartidário para a democracia até os dias de hoje”, afirmou, lembrando a importância da juventude no processo histórico e na consolidação dos direitos cívicos e políticos em Cabo Verde.
Austelino Correia mostrou-se optimista em relação à crescente participação dos jovens na política. Considerou um “bom sinal” que mais jovens estejam a ingressar no mundo político, visto que, a política é uma actividade nobre e essencial para o desenvolvimento de qualquer nação.
"A política deve ser feita com ética, respeito pelas diferenças e pelo ponto de vista do outro, e faz parte dos elementos basilares do desenvolvimento do nosso país e de todos os países do mundo”, afirmou.
Para Oracy, presidente da mesa do parlamento infanto-juvenil, falou sobre sua visão e os desafios do papel que desempenha no combate ao “bullying” (intimidação, em português) escolar e ao “cyberbullying”, questões cada vez mais presentes nas escolas e comunidades.
Segundo a mesma fonte, a violência escolar e o “bullying” são, de certa forma, manifestações de agressões físicas e psicológicas, e é crucial compreender que o “cyberbullying”, embora virtual, tem o mesmo impacto devastador.
"O ‘cyberbullying’ é uma violência virtual praticada através do meio digital, que abrange o mundo inteiro. Ele pode ser tão prejudicial quanto a violência física nas escolas", explicou o jovem.
Ao reflectir sobre o papel da Assembleia infanto-juvenil para enfrentar o problema, ele destacou a importância de ouvir e dar voz aos colegas.
"Estou aqui para ouvir as preocupações dos meus colegas. Espero ser um mediador activo, dando espaço para que as questões relacionadas ao ‘cyberbullying’ sejam discutidas de forma aberta e clara", afirmou.
Para ele, a Assembleia infanto-juvenil é um fórum crucial onde as preocupações dos jovens podem ser ouvidas e tratadas de maneira eficiente, com a busca por soluções viáveis e políticas públicas que possam contribuir para a prevenção de tais actos.
O parlamento infanto-juvenil 2024 enquadra-se nas comemorações do Dia Mundial da Criança e 35º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança.
A Semana com Inforpress
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