Uma proprietária de duas lojas num dos hotéis do grupo Meliá procurou a imprensa para denunciar ameaças de morte e perseguição sofridas por parte do presidente do Grupo The Resort Group (TRG) Robert Jarrett.
A empresária Maria João disse ter encontrado hoje as fechaduras das duas lojas trocadas, mesmo após a decisão a seu favor do tribunal, em dois processos movidos contra a Administração do Grupo.
Segundo a mesma, depois da pandemia a situação e o relacionamento com a administração complicou-se, já que a mesma já não podia cumprir com o valor do aluguer celebrado antes da pandemia.
“Depois do período de pandemia, o hotel já não tinha o mesmo standard das condições que inicialmente celebramos o contrato de arrendamento, porque o hotel foi aberto só a 50%, tinha uma ocupação de 10%, conforme foi declarado em todos os processos, daí que já não conseguia cumprir com aquele mesmo valor que era pago antes da pandemia”, explicou.
“Nisso fomos ao tribunal, onde ele meteu uma acção de despejo e ele perdeu aquela acção e agora o segundo processo foi um processo de providência cautelar, porque depois que ele perdeu o processo, desligou a eletricidade, acabou por perder este processo também”, continuou.
Entretanto, sete meses depois, explica a empresária, mesmo com a decisão do tribunal em mandar restabelecer a energia do estabelecimento, não foi comprido, e na manhã de hoje, quando foram abrir as lojas, encontram as fechaduras todas trocadas.
Na sequência desse processo, a empresária denuncia também perseguição e ameaça de morte por parte do próprio presidente do grupo TRG e dos elementos da segurança do mesmo, pelo que pede proteção às autoridades.
“Eu vim para pedir ajuda de justiça, porque estou sendo perseguida, ameaçada de morte pelo Rob Jarrett, por causa dos casos que temos no tribunal, inclusive casos que eu ganhei e que a justiça já lhe ordenou a tomar certas medidas”, continuou.
“Já fiz três queixas dele na judiciária, uma das queixas diretamente da procuradoria e ele continua a perseguir-me e a ordenar aos seus seguranças a ameaçar-me, dizendo que já escreveu morte na minha testa”, concluiu, pedindo justiça.
A Semana com Inforpress
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