Em defesa dos animais contra a crueldade, os vegans não consomem produtos cuja obtenção resulte de uma qualquer forma de sofrimento dum animal. Os mais extremos querem estender a proibição até ao consumo de "frutos" resultantes de inflorescência — porquê?
Os amigos vegans, os que não consomem figos, colocam aos anfitriões um problema em plena quadra natalícia, quando assumem um lugar especial na ementa os frutos secos e em especial os figos. Os secos e não os frescos da ilustração (foto), que só estão disponíveis na época mais quente do hemisfério Norte.
A sociedade está preparada para aceitar que os adeptos do veganismo não consumam carne e outros derivados, bem como evitem utilizar produtos de higiene, vestuário, cuja obtenção dependa de uma qualquer forma de crueldade sobre um animal.
Mas os figos, porquê?
A resposta está na descrição científica deste produto que muitos de nós chamamos fruto, quando a classificação certa é outra.
A descrição botânica mostra que os figos não são frutos, mas sim inflorescências que resultam da polinização do vegetal por uma vespa.
Este inseto em busca de um ninho para depositar os ovos, introduz-se na estreita passagem para o centro da superfície mais carnuda. Consegue depositar os ovos, mas já não consegue sair pois quebrou antenas e asas. É o máximo sacrifício que a reprodução da espécie impõe à vespa-mãe.
O sacrifício da vespa serve ainda para fertilizar o figo que servindo-se do corpo do animal morto produz a proteína chamada ficina e que dá aos figos o seu especial sabor.
O conhecimento irá embotar o órgão sensorial do paladar?
Terms & Conditions
Subscribe
Report
My comments