O presidente da Associação Amigos do Calhau, Jorge Melo, garantiu que extractores estão a “retomar paulatinamente” a extracção de inertes nas crateras do vulcão da zona piscatória, por causa da fiscalização que neste momento diminuiu.
Apesar de ser proibido há cerca de cinco anos, está a ser retomada “paulatinamente” a extracção de jorra nas crateras dos vulcões de Calhau como também de areia na praia vizinha de Praia Grande, conforme este responsável denunciou à Inforpress.
“A fiscalização nesta área já começou a diminuir e imediatamente os camiões começam a aparecer, portanto a fiscalização tem de ser viva”, defendeu Jorge Melo, que, durante em entrevista à Agência de Notícias, chamou a atenção das autoridades.
“Não se vê ainda em larga escala, mas os camiões são vistos principalmente de manhã cedo e à tardinha, sorrateiramente, estão a roubar estes inertes”, disse, sublinhado que os infractores já sabem as horas de funcionamento dos possíveis fiscais, “que às vezes nem vão”
Para este responsável da associação sediada na zona piscatória do Calhau, a medida tomada em 2014 foi “boa”, mas só que “como tudo em Cabo Verde começa bem, mas depois as patrulhas deixam de acontecer e os infractores voltam à rotina”.
No caso de Calhau, na altura da proibição da extracção, os extractores foram deslocados para a zona de Tupim, o que ressuscitou algum descontentamento e mesmo recusa, mas agora, segundo a mesma fonte, voltam às crateras dos vulcões por ser uma zona de acesso “mais fácil”.
A Inforpress contactou o delegado do Ministério de Agricultura e Ambiente em São Vicente, Vitorino Silva, que disse ainda não ter nenhuma informação sobre esta retoma, mas garantiu que a instituição vai averiguar.
“Estas duas zonas são zonas proibidas a que estamos sempre atentos, mas vamos investigar, porque há sempre aqueles que tentam driblar a lei”, asseverou.
A medida de proibição de extracção de inertes entrou em vigor a 01 de Novembro de 2014 e a Delegação do Ambiente na altura garantira que o despacho vinha “legalizar e regularizar” a actividade extractiva no país.
Depois disso trabalhou-se num plano de recuperação paisagística do local, numa área de cerca de 20 hectares, com um projecto avaliado em cerca de quatro mil contos e que aproveitou a própria mão-de-obra dos então extractores. A Semana com Inforpress
Terms & Conditions
Subscribe
Report
My comments