O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ameaçou esta quarta-feira dar aos rebeldes Huthis do Iémen "a mesma lição" aplicada a outros aliados do Irão, como a milícia xiita Hezbollah no Líbano, o Hamas em Gaza ou o deposto regime sírio.
"Os Huthis também aprenderão o que o Hamas, o Hezbollah, o regime [de Bashar] al-Assad e outros aprenderam, e isso também levará tempo. Esta lição será aprendida em todo o Médio Oriente", disse Netanyahu em Jerusalém, na primeira cerimónia de acendimento de velas do feriado judaico Hannukah.
"Hoje acendemos a primeira vela do Hanukkah para comemorar a vitória dos Macabeus de então, e também a vitória dos 'Macabeus de hoje'", acrescentou.
Como no tempo bíblico, Israel continua a atacar "os seus inimigos e aqueles que pensavam que podiam cortar o fio das nossas vidas", adiantou.
Desde novembro de 2023, um mês após o início da guerra em Gaza, os Huthis, aliados do Irão, têm atacado navios, principalmente no Mar Vermelho, e objetivos em Israel, aproveitando a posição estratégica do Iémen.
Estas ações têm continuado apesar de as suas posições terem sido bombardeadas em várias ocasiões pelos Estados Unidos, Israel e Reino Unido.
Os rebeldes Huthis do Iémen reivindicaram hoje três novos ataques às cidades israelitas de Telavive e Ashkelon com um míssil balístico hipersónico e dois 'drones', apesar das advertências israelitas de responder com "força" a estas ações.
O porta-voz militar dos Huthis, Yahya Sarea, assegurou que os três ataques "alcançaram os seus objetivos com êxito".
"Com a ajuda de Deus Todo Poderoso (...) as forças armadas do Iémen (como se designam os Huthis) atacaram um objetivo militar do inimigo israelita na região ocupada de Jafa (Telavive) com um míssil balístico hipersónico, tipo Palestina-2", disse o porta-voz.
Numa outra nota, afirmou que o grupo também lançou hoje "dois aviões não tripulados", o primeiro contra um objetivo "vital e sensível para o inimigo israelita (...) em Jafa", o outro contra a zona industrial de Ashkelon.
Este foi o quarto ataque dos Huthis a alvos israelitas em 24 horas e o segundo com um míssil hipersónico.
Sarea reiterou que as "operações contra o inimigo israelita" são "em apoio ao povo palestiniano" e "continuarão até que a agressão e o genocídio em Gaza acabem".
A Semana comLusa
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