O Governo cabo-verdiano lançou este sábado,17 de fevereiro, uma nova marca turística, para fortalecer a imagem do arquipélago, captar novos mercados e transformar cada ilha num destino, disse o primeiro-ministro.
“Temos turismo de sol e praia, ainda com espaço para desenvolver, e vamos continuar a investir, mas temos outro turismo a descobrir, de natureza, de cultura, de eventos, que cada ilha representa de forma diferenciada e diversificada”, disse Ulisses Correia e Silva, na cerimónia de apresentação da nova marca.
Designada em língua inglesa: “The Islands of CABO VERDE From the Heart”, a nova marca turística do destino Cabo Verde, símbolo e imagem de promoção, dentro e fora do país, é um coração com várias cores, representando as 10 ilhas, e tem como padrinho o músico luso-cabo-verdiano Dino D’Santiago.
Para o chefe do Governo, a nova marca combina com a ambição do país, que entendeu precisa que cada ilha seja “um destino autêntico, genuíno e diferenciador”.
Ulisses Correia e Silva sublinhou a importância da narrativa que a marca transporta e a história do país, entendendo que foi uma “feliz decisão” o seu lançamento na Cidade Velha, património mundial da humanidade, pelo simbolismo que representa e pelo potencial a desenvolver.
O primeiro-ministro sublinhou ainda a ligação da marca com a notoriedade e a reputação do país, pela democracia, boa governação, estabilidade, entre outros fatores como a música.
Para o ministro do Turismo e Transportes cabo-verdiano, Carlos Santos, o país inicia uma “nova largada” no setor e uma “nova janela” para comunicar com os operadores e com turistas.
O governante referiu que a marca é o culminar de um processo de planeamento que começou em 2016, quando o atual Governo assumiu o poder.
Na resolução que aprova a nova identidade, o Governo referiu que o setor cresceu de 2016 a 2019 a uma taxa média de cerca de 7%, tendo o ano de 2019 ultrapassado a fasquia de 800 mil turistas, com uma contribuição direta para o Produto Interno Bruto (PIB) de 25,6%.
A procura turística reduziu-se em cerca de 75% com a pandemia da covid-19, mas em 2022 o país começou a recuperar, com um recorde de cerca de 830 mil entradas.
“Não obstante estes avanços, existe um imenso potencial de recursos patrimoniais naturais e culturais que precisam ser integrados na oferta turística nacional”, lê-se na resolução, notando que turismo permaneceu ainda muito concentrado nas ilhas do Sal e da Boa Vista, com mais de 80% da procura turística do país e cerca 90% da capacidade de alojamento.
Também existe uma “excessiva dependência” de determinados mercados emissores, sobretudo da Europa, e de um “número reduzido” de operadores turísticos.
Por isso, o Governo considera indispensável a reformulação da Marca Cabo Verde, para “melhorar a comunicação com o mercado e operadores”.
A Semana com Lusa
18 de Fevereiro de 2024
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