O Governo cabo-verdiano inaugura hoje um centro de vigilância de tráfego marítimo, ligado a outros países e tirando partido da localização estratégica do arquipélago no oceano Atlântico.
O Centro Multinacional de Coordenação Marítima da Zona G vai ficar instalado no porto da capital, Praia, e resulta de um acordo assinado com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em outubro de 2022.
O Governo referiu, em comunicado, que a inauguração sinaliza o “compromisso” de Cabo Verde “com os princípios de cooperação e integração regional, fortalecendo os laços com a CEDEAO”.
O centro tem como objetivo controlar todo o tráfego marítimo internacional na designada Zona G e partilhar informações com os demais quatro centros existentes em África.
Além de Cabo Verde, fazem parte do centro da Zona G a Gâmbia, Guiné-Bissau, Mali e Senegal, no âmbito da CEDEAO.
A falta de embarcações e outros recursos para vigilância e patrulhamento das águas territoriais tem sido um calcanhar de aquiles das autoridades de Cabo Verde, que, pela sua natureza, como arquipélago, tem no mar a maior parte do seu território.
O executivo cabo-verdiano tem dito que pretende melhorar a situação e no final do ano expressou junto da União Europeia (UE) a vontade de beneficiar de formas de assistência, para reforço da vigilância marítima, através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.
O assunto faz parte da agenda da UE em Cabo Verde para este ano, mas aguarda desenvolvimentos em Bruxelas.
O centro a inaugurar hoje, na Praia, foi criado através do protocolo de Yaoundé, que define as relações em matéria de defesa e segurança entre as várias regiões de África em parceria com o G7+Amigos do Golfo da Guiné.
O grupo do G7+Amigos do Golfo da Guiné é composto pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, Itália, Japão, Reino Unido, França, Bélgica, Brasil (observador), Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, Noruega, Países Baixos, Portugal, Suíça, UE, escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e Interpol.
Participam na inauguração de hoje, a ministra de Estado e da Defesa de Cabo Verde, Janine Lélis, e o embaixador da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Samuel Lamptey.
A Semana com Lusa
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