quinta-feira, 21 novembro 2024

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Oposição lamenta silêncio sobre instabilidade laboral em conserveiras cabo-verdianas

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 A União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) criticou ontem o silêncio dos deputados sobre a instabilidade laboral em empresas conserveiras da ilha de São Vicente, onde a Atunlo suspendeu atividades, ficando 200 trabalhadores com metade do salário.

António Monteiro, deputado da UCID, interveio hoje no hemiciclo, para falar sobre "muitas famílias” que passam dificuldades para se alimentar, jovens sem emprego e "chefes de família que perderam o seu trabalho na Atunlo e na Frescomar. E isso ninguém disse".

Numa declaração política no segundo dia da sessão parlamentar de março, o deputado da UCID, terceira força política no Parlamento, opôs-se a análises mais otimistas do Movimento pela Democracia (MpD), partido no poder, questionando "os óculos que cada um usa para ver aquilo que se fez".

O deputado do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, maior partido da oposição), Fidel de Pina, referiu que a UCID retratou uma situação “caótica" que abrange o resto do país, apontando o caso dos professores que iniciaram funções este ano letivo, em escolas públicas, mas que se têm confrontado com salários em atraso e precariedade devido a questões burocráticas.

"Este Governo é de rosto humano”, contestou Celso Ribeiro, deputado do MpD, na resposta.

Aumentámos o número de beneficiários de pensão social, aumentámos o salário mínimo, só quem usa óculos para ver ‘pontualmente’ é que não consegue reconhecer todos esses ganhos”, referiu.

A empresa conserveira de origem espanhola Atunlo, na ilha de São Vicente, suspendeu as atividades por quatro meses, desde 23 de fevereiro, e 200 trabalhadores estão em casa, a receber metade do salário.

A empresa não se pronunciou sobre a situação, mas Gilberto Lima, presidente do Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Serviços (SIACSA), referiu que os elevados custos na ilha tornaram a empresa inviável.

O vice-primeiro-ministro cabo-verdiano, Olavo Correia, disse à Lusa que o Governo está a desenvolver esforços para que a empresa de transformação de pescado se mantenha no país e cresça.

A conserveira Frescomar, de participação espanhola e também instalada na ilha de São Vicente, tem registado oscilações nas contratações de pessoal, relacionadas com o fornecimento de matéria-prima (parte da qual através da Atunlo).

O setor tem a Europa como principal mercado de destino.

A Semana com Lusa

22 de Março de 2024

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
8 days 20 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
10 days 19 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
18 days 17 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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