O homem mais velho de Santo Antão, Pedro António Rodrigues, conhecido por Pé (pai) Pipi, 113 anos, que vivia em Varzinha, Ribeira da Torre, foi encontrado morto, supostamente assassinado, nesta quarta-feira, na sua residência. Segundo apurou este jornal, o caso está a inquietar os residentes da ilha, principalmente os da zona da vitima e municipes do concelho da Ribeira Grande.

Em declarações à imprensa citadas pela Inforpress, uma vizinha, Alcinda da Cruz, disse que não sabe ao certo o que se terá passado, pois segundo a mesma, já tinha ido à casa do idoso para medir a pressão dele e do suposto assassino, Enivaldo Gomes, que também estava na mesma residência, acamado, mas noutro quarto.

“Quando medi a pressão aos dois eu disse à minha vizinha que tudo estava normal e se ela tinha um sumo de laranja para dar ao Enivaldo, mas ela disse que não tinha. Então fui até a minha casa buscar o sumo e nisso ouvi a minha vizinha a gritar e logo questionei o que se passava outra pessoa disse que o Enivaldo teria matado Pé Pipi”, disse.

Nisso, Alcinda disse que desceu a correr e encontrou o centenário com uma bolsa de plástico e uma almofada na cara e com as calças despidas.

A mesma fonte disse que a cama do idoso estava toda ensanguentada e Enivaldo saiu a correr sem as suas vestes, mas foi capturado pelos vizinhos.

Alcinda Cruz assegurou ainda que não é a primeira vez que Enivaldo teria atentado contra a vida do centenário.

A Inforpress tentou colher informações na Esquadra da Polícia, mas tal não foi possível até o fecho da noticia porque alegaram que ainda só tinham informações preliminares.

No entanto, a Inforpress apurou que Enivaldo já está sob custódia das autoridades.

Segundo apurou este jornal, o caso está a inquietar os residentes da ilha, principalmente os da pacata zona da vitima e municipes do concelho da Ribeira Grande.

O centenário que sempre particou o bem

Entretanto, o “Pé Pipi” nasceu em Pinhão, Ribeira Grande, e foi baptizado com o nome de Pedro António Rodrigues. Na última entrevista que deu à Inforpress, aos 110 anos, disse que tinha perdido as contas do número de filhos, netos, bisnetos e trinetos que tinha.

O idoso disse na altura que gosta de jogar uril, dançar e conversar com os familiares e vizinhos e que, apesar da idade, gozava de boa saúde.

Conforme afirmou, “praticar o bem e nunca o mal” foi sempre o seu lema de vida. A par disso, disse, “ter Deus sempre presente”, conclui a fonte do ASemanaonline.