quinta-feira, 14 novembro 2024

PR espera oficialização do crioulo como língua nos 50 anos da independência

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O Presidente cabo-verdiano disse hoje esperar que, durante as comemorações dos 50 anos da independência do país, em 2025, se consiga oficializar o crioulo como língua, a par da portuguesa, no arquipélago.

“Esperamos consegui-lo nos 50 anos da independência: já não faz sentido não ter a língua cabo-verdiana plenamente oficializada, em paridade com a língua portuguesa, nossas duas línguas, indiscutivelmente, nosso património”, referiu José Maria Neves.

O chefe de Estado respondia numa conferência de imprensa, alusiva aos três anos de mandato presidencial, questionado sobre a sua posição quanto à oficialização do crioulo.  

Esperamos que nos 50 anos o consigamos fazer e, na hora em que os jovens saiam do liceu, falem fluentemente a língua cabo-verdiana e a língua portuguesa. É o nosso grande sonho”, acrescentou, no único momento de pergunta-resposta do encontro com jornalistas totalmente falado em crioulo.

José Maria Neves ressalvou que o processo “depende também de consenso entre os partidos políticos na casa parlamentar”.

O Presidente cabo-verdiano tem sido um defensor da oficialização da língua cabo-verdiana.

Quanto tomou posse, há três anos, José Maria Neves fez referência, no seu discurso inaugural, a uma "preocupação fundamental": a língua cabo-verdiana.

"Vou estar na linha de frente do combate para a oficialização do nosso crioulo", disse, levando em conta as variantes de todas as ilhas.

O crioulo cabo-verdiano é a língua materna em Cabo Verde, embora com variantes entre algumas ilhas, e nos últimos anos intensificou-se o movimento da sociedade civil a pressionar a sua elevação a língua oficial.

O artigo 9.º da Constituição da República de Cabo Verde, de 1992, define apenas o português como língua oficial, mas também prevê que o Estado deve promover "as condições para a oficialização da língua materna cabo-verdiana, em paridade com a língua portuguesa".

Um grupo de quase 200 personalidades cabo-verdianas lançou em 2022 uma petição também nesse sentido e pediu apoio do chefe de Estado, José Maria Neves, para a promoção da língua. 

No mesmo ano, vários ativistas criaram a Associação da Língua Materna Cabo-verdiana (ALMA-CV) para impulsionar uma "voz cada vez mais ativa" e uma "mudança" de política linguística no país.

 

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
1 day 15 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
3 days 14 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
11 days 12 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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