Uma marcha, que contou com milhares de pessoas e forte manifestação de patriotismo, marcou, este sábado, 20, na Praia, a celebração do dia dos heróis nacionais e o início das atividades comemorativas do centenário de Amilcar Cabral. Cabralistas presentes concluiram que «foi uma resposta clara do povo aos que tentam impedir a celebração dos 100 anos do nascimento de Carbal», incluindo os detentores do poder que, através dos deputados do MpD, chumbaram a resolução da Assembleia Nacional que visava o envolvimento do Estado em tais celebrações.
Pelo que este jornal apurou no local, a passeata, que culminou com o ato central junto ao largo do memorial Amilcar Cabral, «irigiu-se numa especie de despertar e alerta do povo anónimo para o dever de se preservar a memória histórica da luta pela independência de Cabo Verde e o legado de Cabral». Aliás, isso ficou demontrado através da exibição de vários motivos, com destaque para a simbólica bandeira da independência e gorra de Amilcar Cabral. Simbolos que, há muito, não se viam entre nós em passeatas.
A marcha contou com várias organizações da sociedade civil da Capital, representando os diferentes estratos sociais, e transformou-se também numa forte manifestação cultural. Os destaques vão para os apitos e forte repicar de tambores dos vários grupos de tabanca presentes, batucadeiras trajadas a rigor, mulheres munidas de saias de pano de terra ou da bandeira nacional atual, entre outros motivos, além de dísticos e cartazes com palavras de ordem alusivas ao evento.
A fazer fé nas suas manifestações continuas, os marchantes mostravam-se engatados nessa jornada de luta para preservar o legado de Cabral e o dever da memória da luta da libertaçao nacional, que nem a chuva amiga, que comeou a cair nas proximidades do palácio do governo, os desmotivou. Pelo contrario, continuavam a caminhada,grintando, em uníssono: «Cabral que mandou as chuvas!».
A marcha do dia 20 que partiru da rontunda do primeiro de maio, passou pela avenida cidade de Lisboa e rotunda de homem de pedra, terminou no largo do memorial Amilcar Cabral, onde decorreu o ato central com declamação de poemas de Cabral e algum momento muscial, com destaque para o combatebte António Lima que intepretou as célebres composições «Kabral Ka mori» e «Bu morre cedo». Aconteceram ainda as intervenções de fundo sobre a vida e obra de Amilcar Cabral: a do presidente da Associaçáo Pan-Africana Cabralista, que fez também o balanço da marcha como um dos organizadores, do presidente da Câmara da Praia Francisco Carvalho, do comandante Pedro Pires e presidente da Fundação Amilcar Cabral e do Presidente da República, José Maria Neves. Foram estas últimas entidades que patrocinam esta celebração do 20 de janeiro, dia dos heróis nacionais.
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