A 14ª edição do Kriol Jazz Festival (KJF) arrancou na noite de quinta-feira, 10 de abril, na cidade de Praia, num ambiente marcado por homenagem e muita música.
As vozes da cantora, compositora e instrumentista, Zulu (Cabo Verde) e do cantor Boy G Mendes (nascido no Senegal, de ascendência cabo-verdiana,) embalaram o público, de forma tão intensa e contagiante que o público pediu por mais no final da atuação. O segundo grupo, os Cabo Cuba Jazz, (Cabo Verde, Cuba e Holanda) encerraram a noite com a mesma energia contagiante e dançante, que misturou a melancolia das ilhas de Cabo Verde com a energia vibrante da rumba cubana, da salsa e do jazz.
O primeiro dia do certame, com entrada gratuita, aconteceu logo após o encerramento do Atlantic Music Expo (AME), tendo sido feito logo na abertura, uma homenagem tocante ao músico Totinho, que durante anos foi presença constante como saxofonista no festival e faleceu no ano passado.
O momento contou com a presença do mentor do evento, Djo da Silva, da esposa e o filho do artista, que subiram ao palco para receber um certificado de reconhecimento do Governo de Cabo Verde, das mãos do Ministro Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga.
“É com grande honra que se confere o presente certificado a Domingos António Gomes Fernandes, Totinho, a título póstomo, em reconhecimento ao contributo inestimável para a cultura musical de Cabo Verde, tendo o seu talento excepcional como saxofonista e pela dedicação na promoção e presevação da nossa identidade artística. O seu legado é uma fonte de inspiração para gerações presentes e futuras, deixando uma marca indelével na história da música cabo-verdiana. Com profunda gratidão e respeito que o Governo de Cabo Verde expressa o reconhecimento pelo percurso e pela excelência do seu trabalho”, diz o referido documento lido pelo ministro.
Na sequência, o grupo Kriol Kréyól, composto por músicos de Cabo Verde, Martinica e Guadalupe, subiram ao palco para dar início à programação musical.
Trata-se de uma banda inédita, criada exclusivamente para o festival, que trouxe todo o groove caribenho, juntamente com as vozes inconfundíveis de Cabo Verde que originou num encontro único de ritmos, melodias e culturas.
As vozes da cantora, compositora e instrumentista, Zulu (Cabo Verde) e do cantor Boy G Mendes (nascido no Senegal, de ascendência cabo-verdiana,) embalaram o público, de forma tão intensa e contagiante que o público pediu por mais no final da atuação.
O segundo grupo, os Cabo Cuba Jazz, (Cabo Verde, Cuba e Holanda) encerraram a noite com a mesma energia contagiante e dançante, que misturou a melancolia das ilhas de Cabo Verde com a energia vibrante da rumba cubana, da salsa e do jazz aventureiro.
Esta noite de sexta-feira, dia 11, o festival prossegue com mais atuações e promete manter o nível de qualidade que é característico do Kriol Jazz.
Mário Lúcio, o primeiro a subir ao palco, disse em entrevista para o Caderno Especial KJF 2025, que irá tocar basicamente os temas do seu último álbum intitulado «Independance» e alguns êxitos que o público sempre espera ouvir.
“Desta vez, o repertório é dançante, é a minha memória dos primeiros dias da Independência de Cabo Verde, muita música do continente africano, muita energia corporal e espiritual”, revelou.
O músico vai estar acompanhado do Pan African Band, com Jery Bidan (Guiné Bissau) na Guitarra, Ricardo Campos (Angola) no Baixo e Dilson de Grove (Congo) na Bateria.
Sobem mais uma vez ao palco, os Mario CanoNge Trio, que agitou a noite de abertura do festival, no grupo Kriol Kréyól.
O grupo Sixun (França) , composta por seis integrantes – daí o nome do grupo (seis), também se apresentam hoje, mas o destaque desta noite vai para a cantora gambiana Sona Jobarteh, uma das cabeças de cartaz. É a primeira mulher africana virtuosa da griot kora, uma harpa de 21 cordas, e guardiã da tradição musical da África Ocidental.
O Kriol Jazz Festival decorre até o dia 12 de abril, sábado, onde recebe outro cabeça de cartaz, vindo diretamente da Angola. Trata-se de Bonga, um renomado músico e compositor, e uma das figuras mais influentes da música angolana.
Atuam ainda neste dia, Nancy Vieira (Cabo Verde), Michelle David e os True Tones (Estados Unidos) e Las Karamba (Espanha). Um dia dominado pelas mulheres.
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