A Universidade Jean Piaget de Cabo Verde (UniPiaget), em parceria com o Governo, apresentou esta terça-feira uma associação que vai apoiar estudantes com deficiência no ensino superior e profissional, promovendo a inclusão e a igualdade de oportunidades.
"Sentimos na pele as dificuldades em aceder ao ensino. Falta material de apoio e os alunos surdos queixam-se constantemente da ausência de comunicação com os professores. É sempre necessário um intérprete, mas neste momento não temos",lamentou.
"O nosso principal objetivo é promover a inclusão e a acessibilidade para pessoas com deficiência", afirmou Marilice Barros, presidente da Associação Nacional de Apoio a Pessoas com Deficiência no Ensino Superior e Profissional, lançada hoje na cidade da Praia.
A associação quer trabalhar com instituições nacionais e internacionais para garantir melhor apoio, incluindo formação para professores e adaptação de salas de aula.
"Sentimos na pele as dificuldades em aceder ao ensino. Falta material de apoio e os alunos surdos queixam-se constantemente da ausência de comunicação com os professores. É sempre necessário um intérprete, mas neste momento não temos",lamentou.
Além disso, referiu que há pessoas que nem chegam a entrar no ensino superior por causa das dificuldades. Muitas optam por formações profissionais, que são mais curtas, mas mesmo assim têm dificuldades em entrar no mercado de trabalho.
"Queremos estar presentes para ajudar", acrescentou.
A secretária de Estado da Inclusão Social, Lídia Lima, que presidiu a apresentação, disse que esta iniciativa vem complementar o trabalho do Governo na área da inclusão.
"O Governo está sempre disponível para apoiar associações que trabalham na área social, principalmente com públicos mais vulneráveis", afirmou.
Lídia Lima apontou progressos nas áreas da saúde, educação e proteção social, mas reconheceu que ainda há obstáculos, sobretudo no acesso e permanência de alunos com deficiência no sistema educativo.
"Já temos uma estratégia nacional para reforçar os direitos das pessoas com deficiência", referiu.
Essa estratégia inclui o alargamento do sistema de proteção social, a expansão dos centros de cuidados e reabilitação, e a criação de mecanismos para detetar precocemente casos de deficiência em crianças.
A Estratégia Nacional para a Inclusão da Pessoa com Deficiência 2024-2030, lançada em dezembro de 2024, define as linhas de ação dos vários setores envolvidos, promovendo a coordenação entre serviços, o reforço do acompanhamento e a mobilização de recursos para garantir que os direitos destas pessoas sejam respeitados e cumpridos.
A Semana com Lusa
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