O candidato à liderança do PAICV Nuías Silva disse este sábado que o seu objectivo é o de transformar o partido numa “grande força ganhadora das eleições legislativas de 2026” e implementar uma agenda de desenvolvimento de Cabo Verde.
“A minha primeira missão [se ganhar a liderança do PAICV no dia 30 de Março] é chamar todos aqueles que hoje concorrem comigo para estarmos juntos para construirmos as pontes para o novo futuro que se desabrocha no horizonte cabo-verdiano”, concluiu.
“Queremos mudar o rumo do desenvolvimento de Cabo Verde”, indicou, segundo a Inforpress, Nuias Silva, durante a apresentação da sua candidatura, na cidade da Praia.
A mesma contou com a participação de antigos altos dirigentes do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), entre os quais o comandante Pedro Pires, antigo Presidente da República.
Em declaração à imprensa, adiantou que quer apresentar aos militantes, simpatizantes e amigos do PAICV as razões que fundamentam a sua candidatura, bem como as ideias que tem para o desenvolvimento do País.
Segundo a mesma fonte, defende um PAICV “aberto ao diálogo e societário” e capaz de “dialogar permanentemente” com a sociedade.
“Quero um PAICV de várias caras e com colideranças para fazer jus à nossa condição arquipelágica e poder tratar a questão de o nacional estar sempre no regional e vice-versa e, assim, não termos, depois, os problemas com as linhas sucessoras, porque se cuida do partido”, apontou o candidato.
Nuias Silva diz-se defensor de um PAICV inter-geracional, ou seja, um partido que tem uma juventude que “dá um passo em frente” e que conta na sua rectagurada com uma geração “muito experiente” em vários sectores, nomeadamente governativa e áreas privadas e do domínio público, a qual poderá ser uma “mais valia para aconselhamento e orientação sobre o que o partido fará, quando ganhar as eleições legislativas em 2026».
Com o lema “Mais PAICV por Cabo Verde”, o presidente da câmara de São Filipe, ilha do Fogo, pretende implementar uma agenda de desenvolvimento, que assentam em duas questões fundamentais: “primeiro, desenvolver Cabo Verde num horizonte de uma década e, segundo, fazer com que este desenvolvimento chegue às pessoas para viverem melhor e terem mais condições para realizarem os seus sonhos na sua terra natal”.
Na sua perspectiva, o mar tem que estar na centralidade do desenvolvimento do País.
“Cabo Verde é cerca de duzentas vezes mais mar do que terra, pelo que não podemos continuar de costas voltadas para este recurso imenso que temos”, acentuou Nuias Silva, acrescentando que um dos seus propósitos é, também, trabalhar o turismo “na sua verdadeira dimensão” da cadeia de valores.Isto, continuou, para que chegue a todas as ilhas e possa servir o desenvolvimento do arquipélago, gerando oportunidades para o emprego jovem as famílias.
Segundo o candidato citado pela Inforpress, a dimensão dos transportes é “fundamental para conectar as ilhas e resolver definitivamente o problema de mobilidade, obviamente a preços justos” que os cabo-verdianos podem pagar.
“Toda esta política de desenvolvimento gera externalidades económicas para se realizar uma ampla agenda social de melhoria das condições de vida das pessoas, nomeadamente a educação ao longo da vida, permitindo não só a qualificação do ensino, da formação técnico-profissional para preparar quadros para darem vazão àquilo que é a agenda do desenvolvimento”, frisou o candidato.
A mesma fonte adiantou que preconiza o acesso “mais facilitado a todas as pessoas” ao sistema de educação para que “ninguém fique para trás”.
No sector da saúde, indica que vai trabalhar para esta chegue a todas as ilhas, através de inovação das tecnologias e do acesso com subsidiação às famílias com menos posses, “que se encontram em ilhas ditas periféricas, a fim de acederem aos hospitais centrais, sentido aquilo que é a união e coesão territorial”.
Prevê ainda trabalhar na dimensão do emprego e da empregabilidade, a fim de permitir, segundo ele, “que os jovens não sejam obrigados a emigrar para terem acesso a um trabalho digno e uma remuneração justa”.
“Temos que criar as condições aqui na nossa terra para que cada cristão tenha direito à sua gota de água”, prometeu Nuias Silva.
Instado a comentar a presença de antigos altos dirigentes do PAICV na apresentação da sua candidatura, respondeu que a vê “com naturalidade e normalidade” de quem [ele Nuias Silva] tem um “percurso enorme” no partido e que trabalhou com todos eles, quando estiveram na liderança do partido.
“Vejo a presença de todos, desde o militante de base, que nunca foi dirigente, até aos mais altos dirigentes, como um estímulo a esta candidatura para prosseguir, porque, de facto, é uma candidatura que une de forma inter-geracional, mas também de todas as sensibilidades do partido”, apontou Nuias Silva, dizendo que a sua ala dentro do partido é o PAICV e que o seu propósito é servir o partido.
Do seu ponto de vista, com ele o PAICV não corre riscos de divisão, porque há “lideranças e pessoas que se prontificam a estabelecer plataformas de diálogo”.
Perguntado como vê os comentários de que contribuiu para acentuar a divisão no seio do partido, ao apoiar um candidato que foi a escolha do partido para a presidência da Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde, disse que “está e estará sempre com o partido”.
“Apoio e estou sempre no corredor do PAICV. Fico contente que, pela primeira vez, lidera a Associação Nacional dos Municípios Cabo-verdianos e é isto que é importante”, afiançou o candidato.
“A minha primeira missão [se ganhar a liderança do PAICV no dia 30 de Março] é chamar todos aqueles que hoje concorrem comigo para estarmos juntos para construirmos as pontes para o novo futuro que se desabrocha no horizonte cabo-verdiano”, concluiu Nuias Silva citado pela Inforpress.
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