sexta-feira, 31 janeiro 2025

I INTERNACIONAL

Governo cabo-verdiano rejeita “tentativa de desinformação” sobre aproximação à NATO

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 O Governo cabo-verdiano reagiu hoje com “estupefação” ao que classifica como “tentativa de desinformação” do maior partido da oposição, que na quinta-feira pediu esclarecimentos sobre uma eventual adesão do país à NATO, nunca abordada.

 

A adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) ou a criação de bases estrangeiras nunca foi objeto de discussão com entidades externas, disse, reiterando que a estratégia de defesa, debatida no parlamento, em 2024, prevê algo diferente: “a possibilidade de se celebrar um acordo de parceria” com aquela organização, na área da cooperação.

 

“Com estupefação, tomámos conhecimento das declarações do presidente do PAICV, sobre uma alegada intenção de Cabo Verde aderir à NATO”, que “não corresponde à verdade”, referiu Miryan Vieira, secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, em conferência de imprensa.

“O Governo não acolhe tentativas de desinformação e uso de questões da política externa como arma de arremesso político”, acrescentou, reafirmando os propósitos de cooperação, de conhecimento público, e não de adesão, em resposta ao Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).

A adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) ou a criação de bases estrangeiras nunca foi objeto de discussão com entidades externas, disse, reiterando que a estratégia de defesa, debatida no parlamento, em 2024, prevê algo diferente: “a possibilidade de se celebrar um acordo de parceria” com aquela organização, na área da cooperação.

As declarações do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, na terça-feira, em Lisboa, à margem da VII Cimeira Portugal – Cabo Verde, bem como do primeiro-ministro Luís Montenegro foram nesse sentido, referiu – declarações sobre as quais o PAICV pediu esclarecimentos face a uma eventual integração.

“Em nenhum momento” o primeiro-ministro cabo-verdiano “falou de intenção de aderir à NATO”, disse Miryan Vieira.

A possibilidade de parceria personalizada diz respeito à cooperação que a NATO costuma estabelecer com terceiros, países de fora da organização, tendo em conta que “nenhum país, sozinho”, consegue zelar pela segurança, referiu, parafraseando o documento de estratégia de defesa do país.

Com uma vasta área atlântica e sem recursos suficientes para a vigiar, Cabo Verde tem procurado várias parcerias para combater todas as formas de crime organizado, “sem ruturas da visão multilateral” do arquipélago e em respeito pelas soberanias.

Miryan Vieira perguntou se o PAICV está contra tal parceria.

O primeiro-ministro [Ulisses Correia e Silva] sempre foi bastante categórico naquilo que são os objetivos de Cabo Verde em matéria de segurança e, particularmente, em relação à parceria que queremos desenvolver com a NATO”, reiterou.

As questões de segurança e defesa foram “sobejamente discutidas em vários fóruns”, no país, nos últimos anos, e “não é a primeira vez que Cabo Verde procura um acordo de parceria com a NATO: fizemo-lo em 2006”, disse Miryan Vieira, recordando que, naquela altura, o arquipélago acolheu exercícios da organização, que serviram para reforçar a capacidade do país em matéria de defesa e segurança.

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Lucas Rincon
1 day 11 hours

Há muito tempo que os técnicos recomendaram "vestir" esses troços perigosos com redes metálicas.

Dje d Soncent
13 days 7 hours

Mulheres no poder

Julio Goto
13 days 7 hours

...Desrrespeito Nacional .Ausencia da TCV/RTC num mundial.Somos Proficionais Amadores ou o Deus Dará.

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