O ministro da Cultura, Abraão Vicente, avançou hoje,07, que o comité técnico dos peritos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) aprovou o dossiê da morna a Património da Humanidade.
De acordo com uma publicação do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, a decisão será ratificada em Dezembro em Colômbia, mas “a Nação já pode celebrar porque a morna já é Património Imaterial da Humanidade”.
A aceitação do dossiê da morna pelo comité técnico já era esperada pelo especialista Paulo Lima, que fez parte de uma equipa que trabalhou na elaboração do dossiê de candidatura da morna a Património Imaterial da Humanidade, entregue na sede da UNESCO, em Paris, a 27 de Março do ano passado.
Em entrevista à Lusa, antropólogo revelou que tem recebido ecos “muito positivos” sobre o dossiê da morna.
Para além de enaltecer o papel “determinante” da mulher para esta manifestação musical e de citar Cesária Évora como “o rosto” que transformou a morna numa “coisa global”, Paulo Lima explicou que na candidatura, tentaram mostrar que a morna “é uma prática viva, comunitária e que se reinventa e que cada vez que se reinventa insufla-se de vida.”
“Esse foi o nosso argumento. A morna que se recria e sustenta a identidade, quer do cabo-verdiano insular, que vive nas ilhas, quer do cabo-verdiano que anda pelo mundo. É uma flor que floresce em qualquer destes lugares,” dizia na entrevista à Lusa.
Na mesma entrevista o antropólogo frisou que inscrição da morna a Património Imaterial da Humanidade “vai ser uma imensa valoração da comunidade cabo-verdiana, esteja ela em Cabo Verde ou em outra parte do mundo”. A Semana com Inforpress/Lusa
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