Este realizador cabo-verdiano, que falava em declarações à Inforpress, por ocasião da celebração do Dia Mundial do Cinema, assinalado anualmente no dia 05 de Novembro, considerou que o retrato do cinema no país “entristece-o”.

Segundo notou, há um esforço de uma geração de jovens que querem “mergulhar” nesse domínio de expressão, há esforços de uma associação de cineastas que estão a fazer o seu esforço por seu lado, mas, infelizmente, as iniciativas são “desgarradas” e não estão de alguma forma “sistematizada e enraizadas” numa política pública para o audiovisual e o cinema.

“Eu acho que o cinema ainda não é visto com uma área de expressão importantíssimo, do seu ponto de vista educativo, do seu ponto de vista cultural e do ponto de vista de indústria criativa e do seu ponto de vista profissional e económico também. Infelizmente, isso é o nosso retrato”, criticou.

Leão Lopes defendeu que é necessário apostar em políticas públicas de formação profissional, de incentivos para a produção e, sobretudo, preparar os jovens tecnicamente em todas as áreas do cinema, para que se lançam profissionalmente neste domínio.

Para a mesma fonte, a “determinação e a sensibilidade política” é “essencial” para que o cinema conheça dias melhores.

Leão Lopes é um realizador de cinema, escritor, artista plástico e professor cabo-verdiano.

Como cineasta, destacou-se pela realização da primeira longa-metragem de ficção cabo-verdiana, “O Ilhéu de Contenda”, baseado no romance homónimo de Teixeira de Sousa.

O Dia Mundial do Cinema comemora-se anualmente a 5 de Novembro. Neste dia internacional do cinema realizam-se muitas actividades relacionadas com a sétima arte pelo mundo, desde concursos a exposições.

O destaque vai, no entanto, para a exibição gratuita de filmes, criteriosamente escolhidos para a data, pelos espaços culturais. A Semana com Inforpress