O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, defendeu esta quinta-feira, financiamento reforçado para qualificar recursos humanos em África, num discurso durante o Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), em Pequim.
“É preciso aumentar o financiamento para alavancar transformações estruturais em África ao nível da qualificação dos recursos humanos, qualidade das instituições e competitividade das suas economias”, referiu o líder do Governo.
Ulisses Correia e Silva classificou o FOCAC como “uma plataforma privilegiada para o efeito”.
Ao mesmo tempo, considerou importante “a reconstituição do IDA–21, do Banco Mundial, para financiamento concecional aos países africanos”.
“A contribuição da China para essa reconstituição é crucial”, acrescentou, acerca do mecanismo de financiamento destinado a promover o desenvolvimento e acabar com a pobreza.
Tal como noutros fóruns, o primeiro-ministro cabo-verdiano reiterou o apelo para que se concretizem “financiamentos para a ação climática e ambiental, para aumentar a resiliência dos países africanos e reduzir a sua vulnerabilidade a choques externos”.
“É imprescindível considerar as especificidades dos SIDS [Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento] e adotar o Índice Multidimensional de Vulnerabilidades” para cálculos nos parâmetros de financiamento a estes estados, prejudicados nas tabelas atuais.
A China é o maior parceiro comercial do continente africano, com o comércio bilateral a atingir 167,8 mil milhões de dólares (151,8 mil milhões de euros) na primeira metade do ano, de acordo com a imprensa oficial chinesa.
No total, 50 líderes de países africanos e o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, estão presentes na cimeira, de acordo com a imprensa chinesa.
O líder da China, Xi Jinping, prometeu na FOCAC apoiar África com 360 mil milhões de yuan (45,8 mil milhões de euros) até 2027 e ajudar a criar um milhão de empregos no continente africano.
A Semana com Lusa
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