O ativista, um conhecido comentador de assuntos políticos nos órgãos de comunicação social na Guiné-Bissau, felicitou as organizações que se empenharam na libertação dos membros da Frente Popular, com destaque para a Liga Guineense dos Direitos Humanos e a Ordem dos Advogados.
Conforme a Lusa, Armando Lona, que saiu esta segunda-feira, 27 de maio, em liberdade após ter sido detido durante 10 dias pela Polícia de Ordem Pública (POP), afirmou que nos próximos dias vai revelar “todos os pormenores” da detenção e ainda anunciar novas formas de luta.
O ativista, um conhecido comentador de assuntos políticos nos órgãos de comunicação social na Guiné-Bissau, felicitou as organizações que se empenharam na libertação dos membros da Frente Popular, com destaque para a Liga Guineense dos Direitos Humanos e a Ordem dos Advogados.
Armando Lona discorda das alegações das autoridades segundo as quais a manifestação realizada pela Frente Popular no dia 18 era ilegal.
“A manifestação aconteceu na base constitucional”, observou o líder da Frente Popular, plataforma que junta associações juvenis, sindicatos e grupos de mulheres.
Armando Lona garantiu que tudo o que a Frente Popular fizer “será sempre dentro das normas constitucionais” e que os membros desta plataforma “são cidadãos comprometidos com a República da Guiné-Bissau”.
“Nós acreditamos que vamos resgatar a República da Guiné-Bissau”, realçou Lona, que estava ladeado dos restantes sete ativistas também libertados.
"Vamos continuar a luta", disse Lona, prometendo que todas as ações da Frente Popular serão sempre pacíficas.
Segundo ainda a Lusa, Beatriz Furtado, da equipa de advogados que defendeu os ativistas, disse aos jornalistas que o Ministério Público aplicou a medida de coação o Termo de Identidade e Residência (TIR).
“Uma mera formalidade para no caso de pretenderem viajar ou mudar de domicílio para que se saiba onde endereçar uma eventual correspondência”, notou Furtado.
A POP, recorde-se, deteve no dia 18, 98 ativistas da Frente Popular e no dia a seguir libertou 84, mas manteve nas celas da 2º Esquadra oito elementos, esta segunda-feira libertados.
Na sexta-feira passada, um Juiz de Instrução Criminal do Tribunal Regional de Bissau ordenou a “libertação imediata” dos oito ativistas, ordem, entretanto, não cumprida, uma vez que o tribunal não conseguiu notificar o Ministro do Interior, Botche Candé, diligência só hoje feita.
Mesmo com a ordem do JIC, o Ministério Público entendeu que deveria ouvir os oito ativistas e cinco horas depois determinou a sua libertação.
“Resgatar a República” da Guiné-Bissau foi o lema escolhido pelos promotores da manifestação do passado dia 18 que dizem que o país está a viver num contexto “absolutista, com supressão de direitos, liberdades e garantias”, concluiu a Lusa.
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