A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou na sexta-feira uma solução não-vinculativa que apoia a solução de dois Estados para Israel e Palestina, horas depois de o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu ter rejeitado a ideia de um Estado palestiniano.
O aliado mais próximo de Israel, os Estados Unidos, também se opôs à iniciativa, tendo Morgan Ortagus, conselheiro da missão dos EUA, considerado que se tratava de um "golpe publicitário mal orientado e inoportuno que prejudica os esforços diplomáticos sérios para pôr termo ao conflito".Além dos Estados Unidos e de Israel, outros oito países votaram contra a resolução - Argentina, Hungria, Micronésia, Nauru, Palau, Papua-Nova Guiné, Paraguai e Tonga.
Dos 193 membros do organismo mundial, 142 países votaram a favor da Declaração de Nova Iorque, 10 votaram contra e 12 abstiveram-se.
Condena igualmente os ataques de Israel contra civis e infraestruturas civis em Gaza e o seu "cerco e fome, que produziu uma catástrofe humanitária devastadora e uma crise de proteção". Após o dia 7 de outubro, a ofensiva israelita matou mais de 64.000 palestinianos, na sua maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que não distingue entre combatentes e civis. Estes números são repetidamente citados por instituições internacionais, como a ONU.
Grandes extensões da Faixa de Gaza foram arrasadas e a maioria dos mais de 2 milhões de habitantes do território foi deslocada. A ONU declarou situação de fome na província de Gaza, que acredita poder estender-se a Deir al Balah e Khan Younis até ao final deste mês.
Estado palestiniano como "componente essencial e indispensável" para a solução de dois Estados
Por último, a declaração apela aos países para que reconheçam o Estado da Palestina, naquilo a que chama uma "componente essencial e indispensável" para alcançar uma solução de dois Estados.
Sem citar nomes, mas em clara referência a Israel, o documento diz que "as ações unilaterais ilegais constituem uma ameaça existencial à realização do Estado independente da Palestina".
"Esta declaração unilateral não será recordada como um passo em direção à paz, mas apenas como mais um gesto vazio que enfraquece a credibilidade desta assembleia", afirmou o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon.
Durante uma visita a um colonato israelita na Cisjordânia ocupada, Netanyahu confirmou que não queria um Estado palestiniano: "este lugar pertence-nos", declarou.
O aliado mais próximo de Israel, os Estados Unidos, também se opôs à iniciativa, tendo Morgan Ortagus, conselheiro da missão dos EUA, considerado que se tratava de um "golpe publicitário mal orientado e inoportuno que prejudica os esforços diplomáticos sérios para pôr termo ao conflito".
Além dos Estados Unidos e de Israel, outros oito países votaram contra a resolução - Argentina, Hungria, Micronésia, Nauru, Palau, Papua-Nova Guiné, Paraguai e Tonga.
A Semna com Eurnews
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