sábado, 05 julho 2025

50 anos de Cabo Verde independente é uma “referência simbólica muito importante” – bispo de Santiago

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O bispo de Santiago, Dom Arlindo Furtado, afirmou hoje que 50 anos de Cabo Verde como país independente é uma “referência simbólica muito importante” e que o arquipélago está a ganhar maturidade.

“Nós festejamos isso [50 anos da independência] com muito júbilo porque é um grande feito dos cabo-verdianos, com a ajuda de Deus”, frisou o cardeal Dom Arlindo, no final de uma Missa de Acção de Graças, na Pró-Catedral de Nossa Senhora da Graça, na cidade da Praia, celebrada a pedido do Presidente da República.

Acrescentou que “Deus que nos tem ajudado sempre desde o nosso início e desde há muitos séculos e nos acompanha até a plenitude dos tempos”.

“Estamos felizes por isso e festejamos. Quando estamos felizes, manifestamos essa alegria, essa satisfação”, pontuou o primeiro responsável da Igreja Católica na Região de Sotavento.

Na perspectiva do prelado, Cabo Verde deve continuar na “mesma dinâmica positiva e cada vez melhor”.

“Que seja uma terra de melhores condições de vida para todos os cabo-verdianos e outras pessoas humanas que queiram, eventualmente, partilhar também da nossa condição de vida”, apelou o cardeal.

Questionado sobre a ausência de outras altas entidades na referida missa, Dom Arlindo Furtado esclareceu que a eucaristia foi celebrada a pedido do Presidente da República.

“Naturalmente, cada um é livre. Mas é um momento que nos deve unir a todos, e nós sabemos que a dimensão religiosa, a dimensão espiritual, faz parte não só da alma, mas também do corpo de próprio cabo-verdiano e do Cabo Verde”, sublinhou o cardeal.

Revelou à Inforpress que, embora a igreja realize naturalmente as suas celebrações aos sábados, o Presidente da República quis esta “celebração específica, a esta hora, em acção de graças pela independência”.

Dom Arlindo reconhece que há 50 anos alguns falavam de um “país improvável”, e que todos estavam conscientes das dificuldades que o arquipélago enfrentava e continua a enfrentar.

Mas é preciso sonhar, é preciso ter alguma força de voluntaristas, de acreditar que Deus que esteve connosco no passado, também continua a estar connosco no presente e no futuro”, comentou, acrescentando que os cabo-verdianos devem continuar com a mesma a atitude e a mesma de esperança e “certeza em Deus que juntos podemos fazer melhor”.

Na sua perspectiva, muita coisa mudou nos últimos 50 anos, as condições de vida dos cabo-verdianos “mudaram enormemente”.

“Cabo se firmou em termos internacionais, o que demonstra que nós os cabo-verdianos temos uma base humana e social muito forte e também muito revigorada pelos valores do Evangelho, da fraternidade e do acreditar em forças que estão para além de nós, que é o nosso Deus que nos ama”, vincou o religioso.

Segundo Dom Arlindo, nos primórdios da independência se fez muito esforço para revestir Cabo Verde de verde.

“A partir de certa altura começou a haver negligência nesse aspecto, e eu, nesse aspecto, reclamo que nós podemos contribuir ainda hoje para tornar Cabo Verde mais verde”, realçou o cardeal.

O bispo de Santiago chamou também a atenção no sentido de se mudar ainda mais a paisagem de Cabo Verde, uma responsabilidade, indicou que é tanto o governo como dos cidadãos.

“Tem que haver centro de dinamização para que Cabo Verde seja mais verde e plantações que sejam mais adequadas à nossa condição climática e ao nosso solo também”, acentuou, acrescentando que que na próxima geração, daqui a 25 anos, “sejamos capazes de tornar Cabo Verde mais verde para fazer jus ao nome que o país tem, porque isto está nas nossas mãos, está ao nosso alcance”.

No dia 04 de Julho de 1975, os 56 deputados eleitos a 30 de Junho, representando os 24 círculos eleitorais do país, reuniram-se pelas 16:30 no Salão Nobre da Câmara Municipal da Praia.

Nessa sessão, além do texto da proclamação da República de Cabo Verde, foi aprovada, por unanimidade, a Lei da Organização Política do Estado (LOPE) que atribuiu a Amílcar Cabral o título de Fundador da Nacionalidade.

A Independência Nacional foi proclamada no dia 05 de Julho de 1975 pelo presidente da Assembleia Nacional Popular, Abílio Duarte, no Estádio da Várzea, na cidade da Praia.

A Semana com Inforpress

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