O Centro Cultural de Cabo Verde em Lisboa inaugura hoje a exposição documental "50 anos da independência de Cabo Verde - O nascimento do Estado de Cabo Verde", sob a coordenação do historiador cabo-verdiano Daniel Pereira, anunciou a embaixada.
Segundo a nota de imprensa da embaixada, Cabo Verde decidiu comemorar esta data "em forma de balanço e confronto entre o que foi Cabo Verde/colónia e o novo Estado soberano, nascido, orgulhosamente" em 05 de julho de 1975, contando a inauguração, agendada para as 18:00, com a presença do ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial e da Modernização do Estado e da Administração Pública, Eurico Monteiro.
Para a representação diplomática, a soberania de Cabo Verde foi ganha "com muita determinação, resistência e luta" ao longo de quase toda a sua História.
"No início da luta armada para a libertação, a taxa de analfabetismo atingia as percentagens marcantes de mais de 70% para Cabo Verde e mais de 90% para a Guiné-Bissau", lamentou.
Nessa conjuntura, "só a independência política poderia permitir uma real modificação do status quo em vigor", salientou a missão diplomática.
"Este foi o quadro que levou o fundador da nacionalidade (...), Amílcar Cabral, a mobilizar as populações para uma luta de libertação nacional, de que iriam sair vitoriosos, após longos e duros anos (...) dando assim nascimento a dois novos países africanos livres e soberanos", frisou.
Para Cabral, a luta pela independência só faria sentido se significasse uma melhoria significativa nas condições de vida das populações visadas.
Por isso, segundo a embaixada, essa é a razão da inauguração desta exposição, para que se possa ver, historicamente, "o ponto de partida e a partir daí comparar o que significou esta caminhada de 50 anos enquanto povo soberano e independente".
Por sua vez, esta exibição pretende também comparar "as diferenças entre os dois momentos, os contrastes, os avanços conseguidos, malgrado as insuficiências próprias, de um pequeno Estado arquipélago, com escassos recursos económicos, sem economia de escala, fortemente dependente do exterior por causa das suas características físicas geográficas e climáticas", salientou.
Cabo Verde tem sido considerado um modelo em África de democracia e boa governação, referiu.
"Como se verificará, com este exercício expositivo, muitos e importantes foram os progressos alcançados nos mais diversos setores de atividade económica, financeira social, cultural e política, entre outros, durante os últimos 50 anos", indicou.
Ainda assim, a missão diplomática frisou estar consciente de que muitas "insuficiências prevalecem".
A independência de Cabo Verde foi declarada a 05 de julho de 1975, numa cerimónia no Estádio da Várzea, na atual baixa da cidade da Praia, colocando fim ao regime colonial português no arquipélago.
A Semana com Lusa
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