O exército israelita confirmou hoje o ataque contra a escola Ahmed Abdel Aziz em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, no qual morreram pelo menos 20 palestinianos, e voltou a acusar o Hamas de usar “escudos humanos".
O ataque ocorreu no domingo à noite, próximo do Centro Médico Nasser, no sul da cidade, segundo a agência noticiosa palestiniana Wafa.
Segundo as forças israelitas, a escola albergava um centro de treino, que os militantes palestinianos utilizavam para planear ataques contra as tropas e “contra o Estado de Israel”.
“Os terroristas operavam numa estrutura que servia de escola, mais um exemplo de como esta organização terrorista opera junto da população civil”, afirmou o exército em comunicado, sem referir o número estimado de mortos no ataque.
Fontes locais indicaram que pelo menos 20 palestinianos morreram no bombardeamento israelita numa escola que pertence à agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) e albergava civis deslocados, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.
“Aviões da Força Aérea israelita atacaram a escola Ahmed Abdel Aziz, que acolhia pessoas deslocadas no oeste de Khan Yunis”, informou a Defesa Civil do enclave palestiniano, que pouco depois confirmou ter começado a retirar cadáveres de entre os escombros.
Israel, tal como noutras ocasiões em que ataca infraestruturas civis em Gaza, reiterou que as milícias palestinianas usam a população “como escudos humanos para atividades terroristas”.
Vídeos partilhados nas redes sociais após o atentado mostram homens e mulheres a correr, aos gritos, para aceder à zona, ainda em chamas, e alguns a cobrir os corpos e restos mortais das vítimas com cobertores.
Após 14 meses de uma guerra que deixou grande parte do enclave destruído e inabitável, milhares de habitantes de Gaza refugiam-se em escolas que ainda existem e que Israel ataca frequentemente, alegando a presença de milicianos.
Pelo menos 44.976 pessoas morreram e outras 106.759 ficaram feridas na Faixa desde o início da guerra, segundo as autoridades de Gaza, que estimam ainda que os corpos de 11 mil pessoas desaparecidas ainda estejam enterrados sob os escombros.
A Semana com Lusa
Terms & Conditions
Subscribe
Report
My comments