sexta-feira, 01 novembro 2024

Ucrânia: Putin agradece ofertas de mediação mas sublinha avanço das suas tropas

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O Presidente russo saudou as ofertas de mediação do conflito com a Ucrânia apresentadas por alguns países dos BRICS, mas congratulou-se pelo avanço das tropas russas na frente de combate, disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

“Vários países manifestaram o desejo de contribuir mais ativamente para o processo de resolução [do conflito com a Ucrânia], declarando a sua disponibilidade para desempenhar um papel de mediação, o que foi bem recebido pelo Presidente russo”, disse Peskov, durante a cimeira do grupo das economias emergentes, que decorre entre hoje e quinta-feira em Kazan, Rússia.

Segundo o porta-voz do Kremlin (Presidência russa), citado pelas agências de notícias locais, Vladimir Putin vê uma “dinâmica positiva” dos seus soldados na frente da guerra.

“Durante as conversações bilaterais de ontem [terça-feira] falou-se muito sobre a Ucrânia (...). Regra geral, a crise ucraniana está sempre presente na agenda de cada uma das reuniões”, referiu o porta-voz, acrescentando que Putin tem feito “avaliações precisas” da situação atual e das perspetivas de uma solução para o conflito, embora, “é claro, destaque a relutância do lado ucraniano em manter quaisquer negociações e a muito, muito positiva dinâmica das forças armadas russas”.

A Rússia acolhe, na república de Kazan, a cimeira dos BRICS, o grupo de países que representam as maiores economias emergentes do mundo, que inclui, além da Rússia, o Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Etiópia, Irão, Egito e Emirados Árabes Unidos.

Na sua intervenção de hoje, Putin criticou as sanções e protecionismo do comércio internacional, defendendo que podem levar a uma “crise” significativa.

Permanece um forte potencial de crise. Isto não se deve apenas às crescentes tensões geopolíticas, mas também (…) a sanções unilaterais, protecionismo e concorrência desleal”, defendeu

Segundo analistas internacionais, Putin espera que esta cimeira sirva para mostrar ao mundo que a Rússia não está tão isolada como o Ocidente tem afirmado, ao mesmo tempo que pretende abrir caminho para a formação de uma nova frente global que possa desafiar a hegemonia dos Estados Unidos.

 

 

A Semana com Lusa

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