segunda-feira, 23 dezembro 2024

ONU-Habitat promove em Cabo Verde debate sobre vida nas cidades

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 A ONU-Habitat, programa das Nações Unidas para a Habitação, vai promover em Cabo Verde o debate sobre a vida nas cidades, com um programa que arranca segunda-feira e está direcionado para os jovens.

 

O outubro urbano “não é só um mês de ativismo”, mas é também um momento para promover “mudança de comportamento, considerando os padrões e as exigências da vida urbana", sublinhou.

 

"Este ano, o foco é a juventude e, em Cabo Verde, as instituições abraçaram a ideia”, disse à Lusa, Jeiza Barbosa, responsável pela ONU-Habitat, acerca do “Outubro Urbano”, mês habitualmente dedicado à temática.

Tendo em conta a jovialidade do arquipélago, “estaremos a trabalhar uma franja considerável da população, visando criar cidades e comunidades mais seguras, mais resilientes e mais sustentáveis", sustentou.

Segundo o censo de 2021, 74% da população cabo-verdiana vive em cidades, o que exige “padrões de comportamento, de atuação, que é necessário trabalhar” através de atividades para a sensibilização urbana, referiu Jeiza Barbosa.

Durante todo o mês de outubro, serão realizadas ações nas escolas e nas comunidades, tanto com associações de base comunitária como através da comunicação social e redes sociais.

“Envolver os jovens para Criar um Melhor Futuro Urbano” é o lema da jornada de reflexão agendada para segunda-feira, a partir das 09:00 (11:00 em Lisboa), nas instalações da Assembleia Nacional.

"O fenómeno da urbanização merece a devida atenção para que as cidades possam ser planeadas” e para que “o direito à cidade e à qualidade de vida possa ser garantido”, acrescentou. 

O outubro urbano “não é só um mês de ativismo”, mas é também um momento para promover “mudança de comportamento, considerando os padrões e as exigências da vida urbana", sublinhou.

As autoridades cabo-verdianas reconhecem no Plano Nacional da Habitação 2021-2030 que o país precisa urgentemente de um estudo dedicado só ao défice habitacional.

Segundo as estimativas feitas a partir de inquéritos do Instituto Nacional de Estatística (INE), quase 23.000 famílias de Cabo Verde (uma em cada sete) vive em habitações sem casa de banho e 85.500 (mais de metade) não dispõe de chuveiro. 

A maioria do parque habitacional (cerca de 80%) do arquipélago nasceu de “autoconstrução”, ou seja, feito diretamente pelos moradores, “com uma variação significativa na qualidade dos materiais utilizados, bem como nas técnicas construtivas adotadas”, refere-se no plano.

A ministra da tutela, Eunice Silva, disse, há um ano, que é preciso reabilitar mais de 40 mil casas e que é necessário construir 14 mil.

Na última semana, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, declarou “livre de barracas” uma das zonas da ilha turística do Sal onde os habitantes foram realojados, numa ação semelhante à realizada noutra ilha turística, Boa Vista.

A Semana com Lusa

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Opiniões e Feedback

Xalala
18 days 2 hours

Vai investigar nada Bundão!

Valdo de Pina
20 days

O UCS só ouve a própria voz, numa sinfonia desafinada que ecoa a era de Carlos Veiga no poder. Duas relíquias teimosas,

Teste
29 days 15 hours

Isto é somente um teste. Porque não vejo os comentários das pessoas debaixo da notícia como antes?

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