segunda-feira, 23 dezembro 2024

Primeira central hidroelétrica de bombagem em Cabo Verde pronta em quatro anos

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A primeira central hidroelétrica de bombagem em Cabo Verde, funcionando como reservatório de energia, deverá começar a funcionar até 2028, com uma potência equivalente a mais de um quarto da maior central (a combustível) da ilha de Santiago.

A central a instalar em Chão Gonçalves, no concelho da Ribeira Grande de Santiago, "terá uma potência máxima de 20 megawatts (MW) e um reservatório próximo dos 330 mil metros cúbicos de água", avançou hoje o diretor da Indústria, Comércio e Energia de Cabo Verde, Rito Évora, numa visita ao local de implantação do projeto, prevendo o início da produção até 2028.

A visita fez parte do programa da deslocação ao país da diretora Adjunta das Parcerias Internacionais da União Europeia (UE), Myriam Ferran, e do vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ambroise Fayolle, representantes das entidades financiadoras do projeto, no âmbito da iniciativa Global Gateway.

Os acordos globais de financiamento foram assinados na quarta-feira, na Praia, com o Governo cabo-verdiano.

A central, em particular, será apoiada em cerca de 60 milhões de euros e será a "principal peça da estratégia do país para atingir a meta de pelo menos 54% de penetração de renováveis em 2030", referiu Rito Évora.

Atualmente, a maior central elétrica do país, no Palmarejo, Praia, ilha de Santiago, funciona a combustível e tem uma capacidade de 71 MW.

No novo projeto, a bombagem de água vai permitir guardar energia renovável que de outra forma seria desperdiçada e garantir uma reserva adicional, sob a forma hídrica.

Por exemplo, a energia eólica, produzida em horas de pouco consumo (como seja, à noite), vai ser usada para bombear água para os reservatórios, sendo depois descarregada para ativar as turbinas e produzir eletricidade quando for necessário (geralmente, em horas de ponta, durante o dia). 

Haverá reservatórios para assegurar "pelo menos 160 megawatt-hora (Mwh) de energia", referiu Rito Évora.

"Vai servir como um armazém de energia. Vamos guardar e utilizar quando for preciso", apontou.

Com o financiamento definido, decorre a fase de seleção de empresas para a elaboração do projeto.

"É uma etapa importante: é uma obra de grande amplitude e complexa. Penso que ainda não se fez nada desta envergadura em Cabo Verde", sublinhou Rito Évora.

Cabo Verde espera "alcançar as metas previstas em termos de transição energética, com preços mais competitivos para os consumidores, reduzir a emissão de gases de efeito de estufa e a importação de combustíveis fósseis", disse aquele responsável.

"Espera-se que este projeto permita reduzir o consumo de combustível, em 2030, em cerca de 22%", acrescentou.

Myriam Ferran e Ambroise Fayolle, que terminam esta quinta-feira a visita de três a Cabo Verde, esperam que haja "benefícios para toda a população, através da produção de mais energia a partir de fontes renováveis".

"Para nós, é extremamente importante ver, no terreno, onde vai nascer um projeto que nós financiamos. Ver o ambiente e as comunidades que potencialmente serão beneficiadas e também ter noção da magnitude da obra", apontou Myriam Ferran. 

A primeira central hidroelétrica de bombagem em Cabo Verde faz parte de um conjunto de investimentos apoiados por Bruxelas em Cabo Verde.

Na quarta-feira, o arquipélago assinou o maior pacote financeiro de sempre de apoio da UE ao país, no valor de 300 milhões de euros.

 

A Semana com Lusa

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O UCS só ouve a própria voz, numa sinfonia desafinada que ecoa a era de Carlos Veiga no poder. Duas relíquias teimosas,

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