O projecto de iluminação da pista do aeródromo de São Filipe é bom, mas a prioridade de momento é a sua extensão para transformá-lo num aeroporto de médio porte, podendo operar durante o período diurno.
O posicionamento foi manifestado pelo presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva, quando questionado sobre o anúncio da Vinci Airports de colocar a iluminação na pista do aeródromo de São Filipe, durante um encontro de networking com os emigrantes.
“Sei que estão neste processo de iluminação e sou contra”, declarou Nuías Silva, que indicou que o valor que se vai investir na iluminação da pista do aeródromo de São Filipe, com a dimensão actual da pista, poderá “no ponto vista puramente económico não ser aquela que alavanca melhor o interesse da ilha”.
Segundo o mesmo, a iluminação pode alavancar “outros interesses”, sublinhando que o interesse da ilha é que haja a extensão da pista ainda que continue sem iluminação numa a primeira fase.
Nuías Silva disse que já manifestou o seu posicionamento ao Governo e que cabe a esta entidade decidir e que vai respeitar qualquer que venha a ser a decisão.
“A decisão é boa, mas a iluminação por si só não satisfaz a ambição da ilha de ter um aeroporto de médio porte podendo operar durante a fase diurna e com capacidade de respostas”, sintetizou Nuías Silva.
O autarca considerou ainda que se for dada a opção para escolher entre a iluminação e a extensão da pista, 80 por cento (%) da população da ilha escolheria o aumento da pista e deixava a iluminação para a segunda fase.
A iluminação, pelos “avultados custos” que representa a decisão, deveria merecer uma reflexão com os operadores económicos e poderes públicos municipais para juntos analisarem entre a iluminação ou a extensão da pista qual seria a prioridade.
“Se for por causa do dinheiro aquilo que falta pode ser mobilizado através de parceria público-privada”, considerou Nuías Silva apontando que o maior constrangimento que os investidores ligados ao projecto Duargena, Aloé Vera e de outros investimentos é a questão do aeroporto e, por isso, continua a defender que do ponto de vista económico e de parceria a extensão seria aquela que “libertaria a ilha para novos voos”.
“A iluminação da pista traria vantagens, mas não permitirá à ilha fazer o voo da águia que quer neste momento”, concluiu o presidente da Câmara Municipal de São Filipe.
A Semana com Inforpress
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