Donald Trump tentou influenciar a eleição presidencial de 2016 de forma ilegal, ao procurar que informação negativa sobre a sua vida pessoal fosse divulgada, disse um procurador aos jurados no início do julgamento do antigo presidente por corrupção.
"Esta foi uma conspiração planeada e de longo alcance para influenciar a eleição de 2016, de forma a ajudar Donald Trump a ser eleito, através de despesas ilegais para silenciar pessoas que tinham algo de mau a dizer sobre o seu comportamento, disse o procurador Matthew Colangelo, na segunda-feira. "Isto é fraude eleitoral, pura e simples", reforçou.
Um advogado de defesa contestou a acusação, dizendo que o caso não tinha base e atacando a integridade da antiga confidente da Trump, que agora é a principal testemunha de acusação.
"O presidente Trump é inocente. O presidente Trump não cometeu qualquer crime. O procurador nunca deveria ter avançado com este caso", ice o advogado Todd Blanche.
As declarações de abertura ofereceram visões radicalmente diferentes de um caso que deve prosseguir com uma renhida disputa eleitoral para a Casa Branca, em que Trump não é apenas o presumível candidato republicano, mas também alguém que se está a defender em um processo-crime, em que enfrenta a possibilidade de uma condenação e uma sentença a tempo de prisão.
Este é o primeiro julgamento de um antigo presidente e o primeiro de quatro processos a ter um júri constituído.
Com este contexto, os procuradores procuraram desde o início realçar a gravidade do caso, que, salientaram, respeita principalmente a uma interferência eleitoral, como decorre do pagamento a uma atriz pornográfica que disse que teve um encontro sexual com Trump.
A Semana com Lusa
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