O Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pelo referido ataque mortal em Moscovo.Isto pouco tempo depois de os serviços secretos ucranianos terem acusado Kremlin e os seus serviços secretos de orquestrarem o ataque mortal de sexta-feira à noite, perto de Moscovo, para culpar a Ucrânia e justificar uma "escalada" da guerra, conforme também noticiou a AFP citada pela Lusa.
"O ataque terrorista em Moscovo foi uma provocação planeada e deliberada pelos serviços secretos russos sob as ordens de (Vladimir) Putin. O seu objetivo é justificar ataques ainda mais duros contra a Ucrânia e a mobilização total na Rússia", asseguraram os serviços de informação militar ucranianos (GUR), acrescentando que o ataque "deve ser entendido como uma ameaça de Putin para escalar e prolongar a guerra".
Pelo menos 40 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas na noite de ontem,22, num ataque de homens armados numa sala de concertos nos arredores de Moscovo, segundo o primeiro balanço das forças de segurança russas (FSB).
“O número preliminar do ataque terrorista no complexo Crocus (...) é neste momento de 40 mortos e mais de cem feridos”, disse o FSB, citado por agências russas.
Segundo ainda a Lusa, a agência estatal russa RIA Novosti informou que pelo menos três homens irromperam pela sala de concertos e dispararam armas automáticas.
Vários outros meios de comunicação social russos relataram o tiroteio e que o local está em chamas, enquanto são retirados civis e unidades especiais da polícia acorrem ao local.
Prontamente, o ex-presidente russo, Dmitri Medvedev, advertiu já que a Rússia “destruirá” os líderes ucranianos caso se confirme que são responsáveis pelo atentado terrorista numa sala de concertos nos subúrbios de Moscovo, embora Kiev já se tenha demarcado do sucedido.
"Se for estabelecido que são terroristas do regime de Kiev... todos devem ser encontrados e destruídos impiedosamente como terroristas. Incluindo os líderes do Estado que cometeram tal atrocidade", afirmou na rede Telegram Medvedev, também número dois do Conselho de Segurança Nacional e conhecido pelas suas declarações radicais.
Ucrânia “nada tem que ver” com tiroteio em Moscovo - Presidência
Entretanto, a Presidência da República ucraniana e combatentes russos pró-Ucrânia negaram qualquer envolvimento no tiroteio que sexta-feira fez pelo menos 40 mortos e mais de 100 feridos, segundo um balanço provisório, numa sala de concertos da periferia de Moscovo.
A Ucrânia “não tem absolutamente nada que ver” com o tiroteio em Moscovo, declarou, conforme a Lusa, um conselheiro da Presidência da República ucraniana, Mikhailo Podoliak, classificando o ataque como um “ato terrorista”.
“Sejamos claros, a Ucrânia não tem absolutamente nada que ver com esses acontecimentos”, garantiu na plataforma digital Telegram Podoliak, cujo país combate há mais de dois anos uma invasão russa.
Por sua vez, a legião Liberdade da Rússia, um grupo de combatentes russos anti-Kremlin sediado na Ucrânia, negou também qualquer envolvimento no mortífero ataque armado ocorrido esta sexta-feira,22, numa sala de concertos moscovita.
“Sublinhamos que a Legião não combate os civis russos”, declarou, segundo ainda Lusa, o grupo, que responsabilizou “o regime terrorista de [Vladimir] Putin”, Presidente russo.
23 de março 2024
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