O lider Parlamentar do PAICV afirmou hoje, em declaração política no parlamento, que o resultado das eleições auatárquicas de 01 de dezembro representa uma clara censura ao governo de Ulisses Correia e Silva. Conforme disse João Baptista Pereira, estes resultados são um apelo à mudança, um grito por mais inclusão, mais responsabilidade e mais compromisso com as necessidades reais das cabo-verdianas e dos cabo- verdianos.
“Em fim, temos pedido ao Governo que Governe com poesia, mas, acima de tudo, que implemente políticas públicas efetivas para que os cabo-verdianos tenham mais trabalho, mais segurança, melhor educação, mais saúde e um sistema de transportes integrado, competitivo e seguro, capaz de promover a unificação do mercado nacional e a redução das assimetrias económicas entre as ilhas”, pontuou.
“O povo cabo-verdiano desaprovou o rumo em que o país tem sido conduzido, rejeitando práticas de intolerância, falta de diálogo e intransparência na gestão da coisa pública”, salientou o Presidente do Grupo Parlamentar do PAICV, no seu discurso no Parlamento .
Segundo salientou, o Grupo Parlamentar do PAICV tem insistentemente apelado ao Governo para que governe com empatia, pondo as pessoas no centro das políticas públicas.
Afirmou que tem insistido com o Governo no sentido de governar não apenas para os números e para as instituições financeiras internacionais, mas para também levar em conta as dificuldades por que passam os cabo-verdianos nas diferentes ilhas e municípios do país.
Referiu ainda que o seu partido tem pedido ao Governo que não leve em consideração apenas o número de passageiros transportados entre as ilhas, pomposamente anunciados por Deputados de serviço, mas para verdadeiramente enfrentar as dificuldades de mobilidade entre as ilhas, que penalizam milhares de cabo-verdianos e prejudicam a economia do país.
“Temos apelado ao Governo para não olhar apenas para a dessalinização da água do mar como solução para a agricultura, mas valorizar as infraestruturas hidráulicas existentes e implementar políticas públicas consistentes para promover o desenvolvimento rural”, disse.
Acrescentou que o PAICV tem, por outro ladop, pedido ao Governo para que não fique apenas pelas estatísticas OMS, mas para melhorar o acesso à saúde em Cabo Verde, combatendo as longas listas de espera nos hospitais, modernizando os meios de diagnóstico e motivando os profissionais de saúde em todo o país.
Saleintou que tem insistido com o Governo para não pensar apenas em alinhar o sistema educativo cabo-verdiano com o dos países da OCDE, mas para, também, reconhecer o papel central dos professores em qualquer reforma educativa, assegurando o seu envolvimento ativo e motivação.
“Em fim, temos pedido ao Governo que Governe com poesia, mas, acima de tudo, que implemente políticas públicas efetivas para que os cabo-verdianos tenham mais trabalho, mais segurança, melhor educação, mais saúde e um sistema de transportes integrado, competitivo e seguro, capaz de promover a unificação do mercado nacional e a redução das assimetrias económicas entre as ilhas”,pontuou.
Ressaltou que infelizmente, o Governo tem-se mostrado surdo aos apelos do Grupo Parlamentar e insensível às dificuldades reais enfrentadas pelos cabo- verdianos.
Indicou que Dados do Afrobarómetro revelam que 60% dos cabo-verdianos acreditam que o país está a ser conduzido na direção errada. “E foi precisamente essa mensagem que os eleitores transmitiram de forma inequívoca no passado dia 1 de dezembro”, enfatizou. Para o mesmo , está suficientemente demonstrado que o Governo de Ulisses Correia e Silva relegou para as calendas gregas os compromissos que pomposamente assumiu para com os cabo-verdianos.
Em vez de cumprir o prometido, revelou- se absolutamente incapaz de enfrentar os desafios fundamentais do país. Mas também que o Governo de Ulisses Correia e Silva falhou em reduzir a criminalidade, em combater a corrupção que mina a confiança no governo, em melhorar os serviços básicos de saúde, em garantir o acesso universal à água e aos serviços de saneamento e em resolver os graves problemas na educação.
Para João Baptista, estes factos, confirmados pelos dados recentes do Afrobarometer, divulgados ontem, são um reflexo claro de uma governação marcada pela ineficácia e pelo distanciamento das reais necessidades dos cabo-verdianos.
“Vamos continuar a trabalhar juntos para construir um Cabo Verde mais justo, mais próspero e mais solidário. Sima Nha Nácia Gomi enxinanu “Sima nu kre nu ka podi sta”. Mas, “Sima nu sta nu ka podi fika”, concluiu.
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