O novo secretário-geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) defendeu hoje portas e mente abertas para as comunidades lusófonas que vivem em Portugal, lembrando que “os países não se fazem sem pessoas”.
“Assistimos muitas vezes a um discurso muito radicalizado, injusto em relação a essas comunidades. Nós temos o dever, a obrigação, histórica e moral, e obrigação de presente e de construção do futuro, de estabelecer com essas comunidades relações saudáveis”, defendeu.
Em entrevista à agência Lusa, Luís Campos Ferreira afirmou que uma das piores coisas que podem acontecer ao progresso de um país é o decréscimo populacional.
“Quando falamos de migrações e de comunidades, falamos da necessidade que nós temos - económica, mas não só - de receber pessoas, porque os países não se fazem sem pessoas”, declarou.
E prosseguiu: “Nós precisamos de pessoas, por todos os motivos, pela criatividade que elas trazem, pela diferença que elas trazem, o contributo que elas dão para as sociedades, nas mais diversas áreas”.
Por isso, avançou, as comunidades de língua portuguesa "são fundamentais para ajudar a construir e a desenvolver um país como Portugal”.
“Assistimos muitas vezes a um discurso muito radicalizado, injusto em relação a essas comunidades. Nós temos o dever, a obrigação, histórica e moral, e obrigação de presente e de construção do futuro, de estabelecer com essas comunidades relações saudáveis”, defendeu.
E recordou que uma organização de cidades como a UCCLA, entre as quais 16 portuguesas e a sede em Lisboa, onde foi criada, tem de olhar para essas comunidades como “parte integrante da cidade, do dia-a-dia da cidade, das coisas boas da cidade, das coisas más da cidade; elas são a cidade, também”.
“Tudo o que nós pudermos fazer com elas - não é por elas, é com elas -, de forma a termos uma cidade melhor, temos que o fazer, devemos fazê-lo”, referiu.
A UCCLA apresenta-se como uma casa destas comunidades, mas quer reforçar este papel e fazer mais, apostando no diálogo, salientou.“Eles gostam de dialogar connosco. Eles têm muita identificação, eles gostam de vir cá, eles gostam de nos contar as coisas deles, eles gostam que nós participemos nas coisas deles. Eles gostam que nós saibamos que eles estão por bem”, referiu.
“Temos que fazer o nosso trabalho”, disse, defendendo: “Temos que ter as portas abertas e a mente aberta”.
A UCCLA é uma associação intermunicipal de natureza internacional que tem como missão “contribuir para o desenvolvimento e o bem-estar das suas populações”. Conta com 65 cidades (efetivas, associadas e observadoras) espalhadas pelos quatro continentes e 24 empresas apoiantes.
A Semana com Lusa
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