O Presidente da República, José Maria Neves, pediu, hoje, investimentos e mecanismos às instituições que trabalham no sector da saúde mental, durante a abertura da “Conferência Nacional alusiva ao Dia Mundial da Saúde Mental”.
O Chefe de Estado destacou que, nos primeiros meses de 2024, Cabo Verde registou 22 casos de suicídio, sendo cinco ocorridos apenas no mês de Abril, e que os dados do Ministério da Saúde revelaram que entre 2018 e 2022, houve uma média de 50 casos de suicídio por ano.
O Presidente da República manifestou esse desejo, considerando ser “importante” esta conferência, visto que coloca no centro das atenções um “tema crucial” no ambiente laboral, para mostrar a grande complexidade e abrangência da questão da saúde mental.
Para José Maria Neves, é “importante” que no ambiente de trabalho e nas escolas prevaleça um ambiente saudável que favoreça e motiva os colaboradores para um bom desempenho.
“As empresas, as escolas e outras instituições públicas e privadas têm a responsabilidade de garantir que as condições estejam adequadas para proteger a saúde mental dos seus colaboradores”, apontou.
Neste caso, segundo o Chefe de Estado, é “fundamental” que invistam em políticas de prevenção e promoção da saúde mental com programas de acompanhamento, apoio psicológico e momentos de descontração que ajudem a reduzir o impacto do estresse e da pressão.
Conforme disse, a ansiedade e a depressão são os mais comuns e chegam a representar 60 por cento (%) dos casos, com base no último relatório sobre saúde mental publicado pela Organização Mundial de Saúde.
O Chefe de Estado destacou que, nos primeiros meses de 2024, Cabo Verde registou 22 casos de suicídio, sendo cinco ocorridos apenas no mês de Abril, e que os dados do Ministério da Saúde revelaram que entre 2018 e 2022, houve uma média de 50 casos de suicídio por ano.
Avançou ainda que o adoecimento mental se manifesta a partir da associação de múltiplas causas que podem incluir hereditariedade, desequilíbrio neuroquímico, exposição a condições estressantes sociais, económicas e culturais, dificuldades em lidar com emoções, uso de álcool e drogas.
José Maria Neves mencionou durante a conferência os efeitos devastadores da pandemia da Covid-19, que expôs a fragilidade da saúde mental em todo o mundo, e neste sentido, apelou ainda à uma acção colectiva, sublinhando que a saúde mental deve ser tratada como um direito básico, e não como um luxo.
“As doenças mentais devem merecer prioridade e atenção de todos, é preciso revisitar o sistema das prestações do Instituto Nacional de Previdência Social, (INPS), de modo a também contemplar prestações na área do atendimento às pessoas com doenças mentais”, advogou o mais alto magistrado da Nação.
Defendeu igualmente uma cultura que valorize a saúde mental no local de trabalho, e da promoção de um ambiente de trabalho mais humano, inclusivo e solidário.
A Semmana com Inforpress
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