As propostas de plano de actividades e orçamento para 2025, os primeiros do mandato 2024-2028 aprovados no dia 26 de fevereiro, prevê mais de 584 mil contos para receitas correntes e mais de 372 mil contos para receitas de capital, e teve um decréscimo à volta de 16,5 por cento (%) face a 2024.
Em declarações à Inforpress, o presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Carlos Silva, disse que este “ligeiro decréscimo” se deveu ao reajuste que a equipa camarária fez por ser o primeiro orçamento do mandato 2024-2028.
“Fizemos este reajuste, tendo em conta a ambição e perspectivas do município de Santa Cruz, tendo em conta aquilo que constitui a nossa plataforma eleitoral e, ainda, ao acompanhamento do ritmo de desenvolvimento, sobretudo económico, para que possamos realizar o social”, justificou.
Segundo disse, não obstante este “ligeiro decréscimo” está-se perante um orçamento “ambicioso” e um plano de actividades que vão ao encontro das expectativas e desafios do município de Santa Cruz.
Acrescentou ainda que este orçamento vai consolidar as obras iniciadas no mandato anterior, como estrada asfaltada Achada Fazenda/Achada Ponta (100 mil contos), três campos de pisos relvados, 25 mil contos cada, requalificação urbana e ambiental de Achada Igreja, 52 mil contos.
Prevê ainda investimento no saneamento, com a aquisição de contentores e um novo camião de lixo, ligação domiciliaria de água nas zonas altas e do Sul desse município santiaguense, e uma “forte aposta” no capital humano para estancar a saída de jovens, visando fazer com que esta faixa etária prossiga com estudos nas universidades do país.
Também em declarações à Inforpress, o líder da bancada do Movimento para a Democracia (MpD, oposição), Manuel Gonçalves, disse que o partido votou contra por entender que os dois instrumentos de gestão não espelham a realidade do município.
É que, segundo ele, à semelhança do ano anterior é um orçamento “apenas de números” e de projectos dos mandatos anteriores, como campos de futebol, arruamentos e habitação social.
Por outro lado, criticou o facto de 65 % do valor a ser transferido pelo Governo, 51,3 % são para despesas de funcionamento e apenas 48,7 % para investimentos.
O líder da bancada do Partido Africano da Independência de Cabo Verde, Júlio Barbosa, justificou o voto favorável por ser um orçamento que esta alinhado com o desenvolvimento do concelho e que vai ao encontro das expectativas dos munícipes.
Outrossim, disse que o orçamento vai permitir a implementação do Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR) dos funcionários da edilidade, um desenvolvimento sustentável do município e investimentos em áreas como saneamento, social, turismo, cultura e habitação.
Nesta segunda sessão ordinária da Assembleia Municipal de Santa Cruz para o mandato 2024-2028, os eleitos municipais aprovaram ainda várias deliberações.
A Semana com Inforpress
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