Em conferência de imprensa realizada para reagir às declarações do edil da Ribeira Brava sobre as dívidas herdadas, Porfírio Mestre começou por avançar que a equipa cessante procedeu à entrega dos relatórios à nova equipa, tanto financeiro como de actividades executadas e bem como em andamento, espelhando esta realidade municipal.
Prosseguindo, afirmou que tendo em conta “importantíssimos projectos em curso” e as suas fontes de financiamento, muitas das dívidas poderão ser resolvidas com transferências de fundos a que o município tem direito, nomeadamente Fundo do Turismo e Fundo do Ambiente, realçando que “cabe à nova equipa correr atrás para a concretização das transferências em falta”.
O mesmo realçou ainda que todas as dívidas são decorrentes de importantíssimos investimentos feitos no município, em diversos sectores, citando exemplos de obras como a requalificação urbana da cidade iniciada em Chanzinha, o arrelvamento do campo de Juncalinho e do Estádio Di Deus, o parque solar da Preguiça e do Mercado Municipal da Fajã, entre outros.
“Desafiamos o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava a dar-nos um exemplo de alguma câmara a nível nacional que não tenha dívidas (...), pois somente quando um município não possui perspectivas e projectos com vista ao seu progresso é que deixará de ter dívidas”, acrescentou.
Relativamente às declarações do actual presidente de que quando assumiu a autarquia nenhum colaborador autárquico tinha cobertura do INPS (Instituto Nacional da Previdência Social), Porfírio Mestre afirmou que a equipa cessante procedeu ao pagamento do INPS no dia 30 de Setembro, no dia 25 de Outubro e no dia 26 de Novembro.
“Após as eleições de 01 de Dezembro, nós recebemos uma nota do senhor presidente da câmara eleito a dar instruções que não devíamos fazer nenhum pagamento porque não tínhamos a devida autorização, por isso, cabe à equipa actual proceder ao pagamento das futuras transacções relativamente ao INPS”, destacou.
Porfírio Mestre sublinhou ainda que nos últimos dias da sua gestão a equipa cessante conseguiu mobilizar junto do Ministério das Finanças um valor de aproximadamente 12 mil contos, correspondente a cerca de 30% de valor em falta de reposição da dívida por parte do Ministério das Finanças e este valor poderá ser canalizado para o pagamento das dívidas dos projectos e às empresas e os prestadores de serviços.
Por isso o coordenador da Comissão Política Concelhia do MpD na Ribeira Brava desafiou a actual equipa camarária a solicitar uma auditoria externa à gestão anterior, bem como as gestões de 2008 a 2020 “em nome da verdade”.
A Semana com Inforpress
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