O presidente do Siacsa, Gilberto Lima, anunciou hoje a realização de uma greve por tempo indeterminado por parte dos bombeiros municipais de Santa Catarina de Santiago a partir do dia 12 de Junho.
O presidente do Sindicato da Indústria Geral Alimentação Construção Civil e Afins (Siacsa) fez este anúncio em conferência de imprensa, realizada hoje na Cidade da Praia, tendo adiantado que na reunião realizada esta quinta-feira na Direcção Geral do Trabalho (DGT) não houve consensos.
“Na reunião de conciliação de ontem, na DGT conseguimos obter apenas promessas de resolver as pendências, daí que estamos obrigados a apoiar os bombeiros nesta luta pelos seus direitos”, declarou.
Segundo o sindicalista, as reivindicações dos bombeiros municipais de Santa Catarina têm que ver com a melhoria e unificação salarial, falta de espaço físico para o exercício das suas funções e entre outras questões.
Ao denunciar irregularidades existentes nas câmaras municipais, salientou que das informações que o Siacsa tem, até este momento, todos os municípios receberam verbas dos fundos do Ambiente e do Turismo e que dos 22 municípios, somente seis já implementaram o PCFR (Plano de Carreiras, Funções e Remunerações) e apenas três não receberam aumentos em 2024, embora os tenham recebido em 2021.
“O PCFR e as câmaras municipais têm sido temas de grande preocupação. Tem havido ruídos em vários concelhos sobre a falta de transferência de verbas pelo Governo e aumentos do FMM (Fundo de Financiamento Municipal). Todos os municípios receberam verbas do Fundo do Ambiente, Fundo do Turismo, verbas mensais para apoios diversos, nomeadamente, transportes escolares e pagamento de propinas, verbas do PRRA (Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades)”, indicou.
No entender de Gilberto Lima, as câmaras devem cumprir com as suas obrigações para com os funcionários, frisando que praticamente todas as autarquias do país não têm feito as progressões necessárias visando melhorar as condições de vida dos trabalhadores.
Acrescentou, neste sentido, que as mesmas admitiram mais funcionários de confiança e colocaram aqueles que lá estavam na prateleira, duplicando quase o custo para o pagamento dos funcionários.
“Ainda no tocante às câmaras municipais, algumas delas estão a trabalhar a lista de transição para a consulta dos funcionários, temos o caso de São Domingos, que estipulou o prazo de 45 dias para a sua implementação, mas é um contrassenso, pois o prazo das autoridades governamentais vai até 30 do corrente mês”, concluiu.
A Semana com Inforpress
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